DESTINO
Entre tantos e importantes assuntos a serem abordados, por morar (ainda) no RS, não posso deixar de analisar e/ou comentar a decisão tomada, ontem à tarde, pelo governador do RS, José Ivo Sartori, quanto ao destino que precisa ser dado às empresas estatais gaúchas, como CEEE, CRM e SULGÁS.
PLEBISCITO
Depois de se convencer de que não teria votos suficientes no Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa, quanto à necessária e urgente venda destas empresas controlados pelo Estado, Sartori achou por bem entregar a decisão ao povo gaúcho, através da realização de um Plebiscito.
VÍDEO
Diante da situação, o governador José Ivo Sartori tratou, imediatamente, de gravar um vídeo, expondo, com total razão, as doenças que as três ESTATAIS vêm sofrendo:
1- GRAVES PROBLEMAS ESTRUTURAIS;
2- SÃO INSUSTENTÁVEIS DO PONTO DE VISTA DA GESTÃO;
3- NÃO TÊM MÍNIMA CAPACIDADE DE INVESTIMENTO; e,
4- REALIZAM ATIVIDADES QUE NÃO MAIS PRECISAM SER FEITAS PELO PRÓPRIO ESTADO.
ITEM 4
Começo a minha análise, em ordem decrescente, ou seja, pelo ITEM 4. E, de imediato, confesso que fiquei pasmo com o tempo que Sartori levou para se convencer do que disse no vídeo. Aqui entre nós, não são apenas estas três estatais gaúchas (CEEE, CRM e SULGÁS) que realizam atividades que não precisam ser feitas pelo ESTADO. Na real, não há qualquer atividade que precise ser feita por qualquer Estado ou mesmo pela União.
ITEM 3
Mesmo que o ITEM 4 já bastasse para enterrar os argumentos dos defensores de empresas estatais, o ITEM 3 coloca a pá de cal no assunto: sem investimento não há como manter qualquer empresa. E, como se sabe, investimento depende de recursos, coisa que inexiste no caixa do acionista controlador, que carrega déficit em cima de déficit, de forma crescente.
ITEM 2
No ITEM 2, que fala de GESTÃO, aí Sartori foi ao ponto, pois o que mais o Brasil todo já percebeu é que o ambiente que se revelou como mais propício para o crescimento e desenvolvimento da CORRUPÇÃO. Além disso, a PRODUTIVIDADE alcançada no setor público, que não se compara com a obtida no ambiente privado.
DEFENSORES DAS MAMATAS
Ainda não sei a data de realização do Plebiscito. Entretanto, cabe aos gaúchos revelarem qual destino querem para o combalido RS. Espero que se disponham a entender, com absoluta clareza, que sem estatais a vida de todos só melhora. Não se deixem levar, portanto, pelos cantos das sereias das corporações e dos sindicatos, pois o que menos querem é perder as suas enormes mamatas.