NOTORIEDADE MUNDIAL
Na última semana, culminando com a importante visita de Bush ao Brasil, a nossa reconhecida capacidade de produzir etanol ganhou notoriedade bem destacada nas manchetes da imprensa mundial. Todas elas com dizeres cujos efeitos projetam o Brasil no cenário internacional, como país de grande potencial bioenergético.
RISCOS
Notícias assim precisam ser muito festejadas. Mas é preciso administrar também os riscos que envolvem esta rápida transformação. Um deles, que nós sabemos bem, é a nossa falta estrutura suficiente e adequada para enfrentar tanta popularidade e demanda. Exemplificando: é como ganhar a sorte grande na loteria e ter pouca educação e nenhum discernimento.
ARROGÂNCIA E SALTO ALTO
Faltando serenidade, inteligência e estrutura emocional, o que mais aparece nestas horas é a arrogância e o velho Salto Alto. Embora o Brasil ganhe importância no cenário mundial, não podemos nos achar os maiores do mundo. Nem imaginar que tudo está resolvido e que somos agora independentes de tudo. Este filme já passou por aqui. Na cana de açúcar, na borracha e no açúcar, para lembrar alguns.
NOVO CICLO DA CANA
Passados quase quinhentos anos do início da nossa respeitável produção de cana, promovida na ocasião pelos descobridores portugueses, desta vez estamos diante de um novo e maravilhoso ciclo da cana, com menos açúcar e muito álcool etanol. Isto para ficar só com este produto, pois já temos também belas plantas de biodiesel.
PRODUTO ESTRATÉGICO
Como estamos diante de um produto estratégico que produz energia, a exemplo do petróleo, e que merece atenção do mundo todo pelas necessidades prementes de transformação da matriz energética, é provável que teremos pela frente algumas posições ideológicas que poderão afetar o negócio. A saber:
PROBLEMAS
1- Todos nós sabemos que onde há petróleo há conflito. Da mesma forma é previsível que, onde houver etanol, assim definida como commodity mundial, também poderá vir a ser uma ambiente de confusão.2- O petróleo, no Brasil, foi monopólio de Estado por muito tempo, fator determinante do atraso demasiado da nossa auto-suficiência. Esta conquista ocorreu depois que a Petrobrás deixou de ter o monopólio, embora continue praticamente sozinha e estatal. E mesmo assim, para explorar o óleo é preciso que haja alvará de pesquisa e lavra, ou seja, o subsolo continua sendo do Estado.
ESTATIZAÇÃO
O Brasil, claramente, está às portas do regime socialista. E o povo já tem muita adoração por estatais. Ninguém pode duvidar, portanto, que o bio-combustível, como produto estratégico, venha a ser do governo. Assim, o risco futuro é que o solo do plantio também venha a ser do Estado. E os atuais produtores venham a precisar de alvará para produzir. Ou, quem sabe, se transformem em concessionários do governo. Que tal?
10 ANOS
Exatamente há 10 anos a General Motors do Brasil anunciou a cidade de Gravataí, como o local de sua terceira fábrica produtora de veículos no País, que juntou-se às suas duas primeiras unidades, localizadas em São Caetano do Sul e São José dos Campos, ambas em São Paulo. Hoje, o Complexo Industrial Automotivo da GM em Gravataí (CIAG), já se aproxima rapidamente para alcançar a expressiva marca do primeiro milhão de veículos produzidos, considerando o Celta, seu primeiro modelo, que começou a ser produzido em julho de 2000, e mais recentemente, o Prisma, cuja produção foi iniciada no segundo semestre de 2006. Proponho que se faça uma grande homenagem ao ex-governador Antônio Britto, pela conquista. E uma vaia ao PT que só não expulsou a GM, como aconteceu com a Ford porque mais de 90% da fábrica já estava concluída.
CONSTRUÇÃO CIVIL
O Escritório de Engenharia Joal Teitelbaum lançou, ontem, o primeiro empreendimento residencial do Brasil com conceito Green Building, de acordo com os fundamentos estabelecidos pelo United States Green Building Council, uma entidade de certificação americana que atesta a excelência na construção sustentável, desde a fase de projeto até a conclusão e utilização das unidades. A preocupação com os recursos utilizados em todo o ciclo produtivo é o principal diferencial de empreendimentos com este conceito, que surgiu na Europa e nos Estados Unidos a partir da década de 1970. ÁGUA - Durante a construção e após a conclusão da obra haverá o aproveitamento de água da chuva. O condomínio contará com reuso da água de chuveiros, lavatórios e dos drenos de ar condicionados. Também serão adotados redutores e economizadores de vazão em chuveiros e torneiras (estas com desligamento automático); medição individual de água com telemetria; e irrigação e controles de bombas automatizados. Segundo estudos da construtora, estas iniciativas possibilitam uma economia de água da ordem de 70%. ENERGIA ? Visando reduzir o consumo de energia elétrica, será implementado a integração do sistema de aquecimento; sistema de automação com sensores para chuva, iluminação e dimerização; isolamento termo-acústico; racionalização da logística e utilização de madeira certificada e de materiais locais de um raio inferior a 1.000 km, preferencialmente. Para o morador do empreendimento, se comparados aos gastos com energia elétrica, estas ações geram uma redução de custos de aproximadamente 20%.
JORNAL JÁ
Na grande confraternização que reunirá autoridades, jornalistas, escritores e diversas personalidades gaúchas, a JÁ Editores lança uma edição comemorativa dos 21 anos de circulação do jornal na capital gaúcha. Em formato de revista, vai abordar uma pauta ampla de interesse regional e nacional, com predominância de reportagens econômicas ? sem ?economês? ? e atenção ao que os empreendimentos representam para a sociedade, para o meio ambiente, para o presente e o futuro do Brasil. Dia 15 de março, no Memorial do Rio Grande do Sul, às 19 horas.
GERDAU
O Grupo Gerdau está presente em obras de infra-estrutura em todo o País. Entre os projetos em construção que contam com aço Gerdau em sua estrutura estão a usina hidrelétrica São Salvador, no Tocantins, e a Mauá, no Paraná. Juntas, as duas usinas têm capacidade para abastecer cerca de 2 milhões de residências. Os produtos utilizados nessas obras e em outros projetos como o Canal de Integração, no Nordeste, o Rodoanel de São Paulo e o Parque Eólico, do Rio Grande do Sul, estarão em exposição na Feicon Batimat 2007. O maior evento de construção da América Latina ocorre de 13 a 17 de março, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.