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02 mar 2005

REUNIÃO DO FÔRO DE SÃO PAULO?


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FESTIVAL DAS ESQUERDAS
A posse do presidente do Uruguai, Tabaré Vasquez, ontem, foi uma verdadeira quermesse das esquerdas da América Latina. Mais para uma assembléia dos integrantes do Foro de São Paulo. Enfim, um legítimo festival do atraso que vai, sem dúvidas, contaminar aquilo que por ventura ainda não tenha sido afetado. Uma coisa vocês podem ter certeza: pelas escolhas ideológicas, cujos maus resultados já foram exaustivamente experimentados e depois abandonados por muitas Nações, nós latinos vamos querer reinventar esta roda querendo trilhar o desagradável caminho. As coisas, com certeza, não vai terminar bem.
TODOS REUNIDOS
O currículo de Tabaré, francamente, já não é dos melhores. Como participante do grupo de ex-guerrilheiros Tupamaros identifica ser uma negação como administrador. Além disso, as suas companhias, que estiveram pessentes na posse, como Lula, Hugo Chávez, Nestor Kirchner mostram como estamos bem cercados de comunistas. Faltou Fidel Castro, embora tenha sido mencionado com honras como grande líder esquerdista latino-americano. Um horror. O pior é que tudo é indolor. O efeito, entretanto, só vai ser sentido mais adiante.
FIM DO CALOTE?
A Argentina conseguiu uma grande proeza: renegociou a sua dívida pública com um desconto importante. Nada que justifique a entoação do Hino Nacional. Ao contrário, creio que o melhor seria o - Não chores por mim Argentina -. Como tudo no país vizinho sempre termina em tango, e tango é tragédia, os credores nunca vão perdoar. Isto inclui, além dos próprios argentinos, os italianos que são os maiores credores internacionais. Aliás, você também perdoaria?
VENTOS PORTENHOS
Os analistas argentinos estimam que mais de 80% dos credores aceitaram a proposta do governo Néstor Kirchner. Após três anos em moratória, a Argentina quer trocar a dívida de US$102,6 bilhões por US$41,8 bilhões em novos bônus. Tomara que estes ventos portenhos não se dirijam para o Brasil tal qual as frentes frias. Falando em frente fria, nunca deixei de acreditar que é bem possível que passem por aqui. Principalmente pela identificação das cabeças.
BALANÇA POSITIVA
Por aqui, felizmente, e finalmente, conseguimos um grande feito: nos últimos doze meses, a balança comercial atingiu US$ 100,153 bilhões em exportações. Um recorde histórico, apesar do atraso na conquista. No mesmo período, as importações ficaram em US$ 65,054 bilhões, formando assim um superávit de US$ 35,099 bilhões. Só no mês de fevereiro o saldo foi de US$ 2,786 bilhões, com exportações de US$ 7,756 bilhões e importações de US$ 4,970 bilhões.
PEDIDO INDECENTE
Com o resultado apurado, a balança acumula superávit de US$ 4,970 bilhões em 2005, com exportações de US$ 15,2 bilhões e importações de US$ 10,230 bilhões. Pois bem, mesmo assim, os 20 maiores exportadores convidados para a divulgação, não se contiveram: pediram ao governo uma desvalorização do real frente ao dólar. Pode? Uma reivindicação da volta do cambio fixo, onde o governo é quem se compromete a comprar tudo o que aparece pela frente. Ridículo, não?
QUERO O MEU
Como podem exportar se não conhecem um mínimo de mercado? Os agricultores do sul, por razões adicionais também pensam que o governo é quem faz a chuva. E quando deixa de mandar água entendem que o mesmo deve pagar pela não entrega da chuva. Sendo assim, quero também o meu: quero que o governo pague pelas minhas compras erradas no mercado de ações. Quando as cotações recuarem quero o meu dinheiro de volta.