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29 mar 2011

RENÚNCIA FISCAL?


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PARCIALIDADE
O editorial de hoje deveria tratar de Nova Iorque, conforme prometido. Porém, diante da parcialidade da mídia, ao divulgar a notícia da correção da tabela do IR da Pessoa Física, em 4,5%, não posso deixar de manifestar a posição do Grupo ? PENSAR!
MAIS CONDIZENTES
Para tanto, o comentário do Pensador e economista Marco Túlio Kalil Ferreyro traz esclarecimentos mais condizentes com a verdade. Peço que leiam com muita atenção antes de serem seduzidos pelas palavras indecentes dos nossos governantes:
CORREÇÃO DA TABELA
A correção da Tabela do IRPF em 4,5%, fixada pelo governo, é uma migalha, diante da defasagem na correção acumulada ao longo do tempo. Desde a entrada em vigência do Real na economia, ou seja, desde julho de 1994, até dezembro de 2010 (últimos 16 anos e meio), o IPC-A (índice do governo) acumulou variação percentual de 272,79%. Enquanto isso a tabela do IR, em igual período, foi corrigida em apenas 53,5%. Isto significa uma defasagem acumulada de 58,8% no período.
MIGALHAS
Portanto, o que todos nós, pobres contribuintes, estamos recebendo do atual governo federal, são migalhas, meras migalhas.
VERSÃO DO GOVERNO
O curioso é que, além de tudo ainda somos obrigados a ouvir e ler a seguinte percepção do governo, retratada sem qualquer crítica ou reparo pela imprensa brasileira: - Segundo cálculos do governo, a correção da tabela do IR representará uma RENÚNCIA FISCAL de R$ 1,6 bilhão em 2011. Pode?
VERSÃO DA SOCIEDADE
Depois desta versão do governo, que tal nós contribuintes oferecermos uma visão mais honesta, como esta:- Em 2010, o governo federal arrecadou R$213,5 bilhões em imposto de renda. Ou seja, nós, que formamos a sociedade contribuinte (famílias e empresas), estamos RENUNCIANDO AO CONSUMO, A POUPANÇA, A INVESTIMENTOS. No entanto, o que recebemos em troca? Ora, o que todos já sabem: serviços públicos na área da saúde, da educação, da segurança e da justiça, todas de péssima qualidade.
A IMPRENSA FICARÁ MUDA?
Isto nos obriga a desembolsar cada vez mais recursos para o pagamento de planos privados de saúde; escola privada para nós e para nossos filhos; e segurança privada para nossas casas e escritórios. O duro, depois disso, é ouvir o governo vociferar, através da sua retórica discursiva, que a correção da tabela do IRPF em 4,5% para este ano implicará em uma RENÚNCIA FISCAL de R$1,6 bilhão. Será que ninguém gritará dizendo que a nossa RENÚNCIA, imposta pelo governo, é de mais de R$200 bilhões? E, para piorar ainda mais, será usada para inchar cada vez mais a máquina pública. A grande imprensa ficará muda quanto a isso?Eis o que disse outro Pensador, Percival Puggina: - Como é vagabunda a retórica oficial! E a imprensa reproduz o que recebe acriticamente, usando a expressão RENÚNCIA FISCAL. Que tal?