PORTO JÁ INSEGURO
É verdade que a saída de capitais do Brasil, neste momento, ainda é pequena em comparação com os ingressos verificados quando o nosso país ainda se mostrava como um porto seguro e encantador aos investidores estrangeiros.
DESCONFIANÇA
No entanto, o tamanho do desencanto não pode nem deve ser medido somente pelo volume da saída de dinheiro do país. O problema está na desconfiança que passou a dominar as mentes dos investidores, como mostra o mercado.
GREVES
Os motivos que estão levando a este repentino desencanto são vários. Um deles, porém, está falando bem alto neste momento: as greves que estão paralisando constantemente as atividades econômicas e sociais do país.
OS SINDICATOS MANDAM
Dentre as inúmeras greves de serviços públicos que se espalham por vários Estados e Municípios, a dos metroviários paulistas, nesta semana, acendeu de vez a chama da vontade de cair fora do país. Agora ficou bem claro que no Brasil, desde o momento em que Lula foi eleito presidente, e continuando no governo Dilma, quem manda mesmo e para valer são os SINDICATOS.
PODER SINDICAL
O poder que as centrais ganharam a partir do momento em que o PT assumiu o governo é simplesmente impressionante. Todos os brasileiros, sem exceção, se tornaram reféns dos líderes sindicais, que fazem o que bem entendem.
COLHENDO O QUE FOI PLANTADO
Se isto está causando muito aborrecimento, uma coisa precisa ser esclarecida antes que a surpresa tome conta das mentes dos indignados: o Brasil está colhendo exatamente o que foi plantado ao longo deste modo socialista de governar.Como os salários dos servidores continuam subindo astronomicamente em função da pressão dos sindicatos, e a nossa Constituição não permite qualquer redução salarial, a economia parando de crescer (como já está acontecendo) o custo-país ficará ainda mais insuportável. Daí o pavor, que só tende a aumentar.
REAÇÃO EQUIVOCADA
Mais lamentável ainda, se é que pode haver uma classificação de importância dentro da camisa de força que a sociedade é submetida a cada movimento grevista, é a reação equivocada mostrada pelos revoltados. As pedras que os mais revoltados atiram, com o propósito de marcar o sofrimento que as greves proporcionam, geralmente tem como alvos coisas e pessoas que nada têm a ver com o problema. Quem deveria ser alvejado são os líderes sindicais, responsáveis pelas paralisações. Esses, no entanto, seguem intactos.