EQUIVOCADO
O presidente da FIESP, Paulo Skaf, não é de hoje, é um sujeito muito confuso. O líder empresarial é daqueles pobres empresários que ainda creem que só a indústria gera emprego.Pelo que Skaf afirma em cada entrevista que concede, esse seu convencimento, totalmente equivocado, vale para o Brasil e para o mundo todo.
EXPORTA EMPREGOS (?)
Na semana passada ao ser perguntado sobre o crescimento do PIB trimestral (1,3%) e a projeção para o ano todo (4%) Skaf repetiu, pela enésima vez, que quanto mais o Brasil importa produtos manufaturados, mais exporta empregos.
VERDADE PELA REPETIÇÃO
Francamente, gente, não lembro de qual primeira boca saiu esta grande asneira. Só sei que ela continua sendo repetida pelos espertos mercantilistas, a ponto de imaginarem que basta repetir a besteira para fazer dela uma verdade.
A INDÚSTRIA EMPREGA MENOS
Se ninguém contestar a afirmação, de nada adianta explicar que a indústria é hoje o setor que menos emprega, face ao avanço cada vez maior da tecnologia e da robótica. E pouco resolve dizer que o setor de serviços é aquele que mais contrata, porque aí a mão de obra é cada vez mais necessária.
IMPORTAÇÕES
Vejam, por exemplo, o que acontece com a importação de veículos: por ser muito robotizada, não é a indústria a grande geradora de empregos. Já as manutenções e consertos dos veículos, que não têm como serem importadas, dependem muito de mão de obra. Portanto, quanto mais importações, mais pessoas são necessárias para garantir o bem estar dos consumidores.
SUBPRODUTO
O curioso é que o presidente da FIESP, com a sua cabeça confusa, continua convencido de que o maior problema brasileiro está no câmbio. O segundo está na taxa de juros. Ora, ora, senhor Skaf, os reais e grandes problemas do país estão concentrados na elevada carga fiscal e na incapacidade de cortar despesas de governo. O resto é subproduto dos absurdos que assolam o nosso país.
MERCADO SENSATO
A Bolsa de Valores de Lima, assim como os títulos da dívida peruana, simplesmente despencaram depois que as urnas confirmaram a vitória do comunista/bolivariano Ollanta Humala para presidente. A leitura que o mercado fez, imediatamente, é de que Humala, por tudo que já fez e disse, fará enormes intervenções na economia do Peru. Alguém duvida?