A VEZ DO RS
Com o mesmo propósito do RJ, ontem foi a vez do governo do RS apresentar o seu pacote de propostas para tentar atenuar a profunda crise financeira, que atinge dramaticamente as contas públicas do Estado, com viés de piora.
ANÁLISE FRIA
Pois, antes que gaúchos e cariocas, notadamente aqueles que pagam a conta dos altos privilégios concedidos aos servidores ATIVOS e INATIVOS (principalmente estes), se encham de grande entusiasmo, acreditando que seus Estados se tornarão viáveis com as propostas apresentadas, sugiro que analisem tudo com frieza e raciocínio.
FALTA APROVAÇÃO
Em primeiro lugar é preciso levar em conta que qualquer uma das propostas, para que possam ser implementadas, depende de aprovação do Legislativo. Não há, portanto, a mínima garantia de que todas sejam aprovadas. A seguir, mesmo admitindo que o Legislativo aprove todas (pouco provável), é preciso saber até que ponto serão suficientes para resolver o grave problema que atinge as finanças públicas.
PACOTE TÍMIDO
Pois, desde já, depois de analisar meticulosamente todas as propostas anunciadas pelo governador José Ivo Sartóri, do RS, não posso deixar de manifestar que trata-se de um pacote TÍMIDO, ou seja, infelizmente, muito daquilo que o Executivo e o Legislativo PODEM (e deveriam) FAZER. De novo: estou apenas me referindo àquilo que PODE se feito.
TÍMIDO E INSUFICIENTE
Portanto, por mais que alguns mais entusiasmados entendam que o conteúdo do pacote é animador, é importante que tenham em mente que tudo aquilo que o TÍMIDO governador está propondo (e ainda não aprovado) é ABSOLUTAMENTE INSUFICIENTE para tentar tirar o RS desta situação dramática.
BLINDADO
As razões para o fracasso das tentativas são pra lá de conhecidas. Volto a dizer que o grande vilão, conhecido como DIREITOS (PRIVILÉGIOS) ADQUIRIDOS PELOS SERVIDORES PÚBLICOS, que está corroendo as Contas Públicas do Estado, se encontra blindado por fortes -Cláusulas Pétreas-.
RESUMO
Resumo: o governador Sartóri, além de tímido para tomar decisões (o que não se constitui em novidade), por força da Constituição Federal ainda é absolutamente incapaz. Com isto só nos resta:
1- continuar pagando a farra dos privilégios, até que o tempo os eliminem;
2- exigir uma Nova Constituição, que retire por completo as CLÁUSULAS PÉTREAS e acabe de vez com DIREITOS ADQUIRIDOS.
Fora disto não há salvação. Gostem ou não.