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11 abr 2017

PREVIDÊNCIA: DISCUTINDO A RELAÇÃO


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DOLOROSO DEVER

Na semana passada publiquei um editorial no qual cumpri o doloroso dever de informar aos leitores do Ponto Critico o falecimento da REFORMA DA PREVIDÊNCIA do nosso pobre país, vitimada por uma centena de golpes brutais, desferidos por grupos de extermínio formados por inúmeros sindicalistas.


FATO

Como a probabilidade de haver uma ressurreição da falecida é igual à zero, para evitar mais aborrecimentos o tema PREVIDÊNCIA nem deveria voltar à pauta. No entanto, como as consequências para as CONTAS PÚBLICAS serão muito tenebrosas, e isto é fato, para que nenhum leitor seja  tomado de surpresa, e diga que não foi corretamente informado, volto a insistir com esclarecimentos a respeito.  


O PROBLEMA DA PREVIDÊNCIA ESTÁ NO DESEQUILÍBRIO

Como tal desta vez aproveito o importante comentário feito pelo incansável pensador e economista Ricardo Bergamini, que diz, com grande propriedade, o seguinte:

- A previdência não tem nenhuma relação com valores de salários, nem com a forma de gestão: quer seja de capitalização ou caixa (repartição).

- O problema da previdência no Brasil está no desequilíbrio entre a produção de inativos terem sido muito maiores do que a de ativos, conforme provado no estudo abaixo:

 

 

 


RPPS

Se todos os 2.342.090 participantes do RPPS federal (servidores públicos FEDERAIS -ativos e inativos) recebessem R$ 1,00 de salário haveria um déficit da ordem R$ 598.839,05. Assim sendo fica provado que a previdência não tem nenhuma relação com o valor dos salários dos participantes, mas sim com o equilíbrio entre o quantitativo de ativos e inativos.


NÃO É DE ECONOMIA, MAS DE MATEMÁTICA

- O estranho, para não dizer lamentável, é que os meios de comunicação vendem ESPAÇOS PUBLICITÁRIOS para sindicatos e corporações para dizerem mentiras sobre a PREVIDÊNCIA e não manifestam, minimamente, nem mesmo o que a matemática esclarece. Pode?

Aliás, para os maus jornalistas, aqueles que sempre justificam que não entendem de economia, Bergamini faz questão de lembrar que o estudo não é de economia, mas sim da matemática, que todos aprendemos no curso primário.

 


DADO ATUARIAL

Um outro ponto que já virou tabu nesta questão previdenciária diz respeito ao quesito IDADE DE APOSENTADORIA das mulheres. Ora, como as mulheres lutam (corretamente) por direitos iguais para todos, independente de sexo e cor, como podem exigir aposentadoria com cinco anos antes, quando, comprovadamente (através de dados atuariais), vivem 7 anos mais do que os homens? 


 


LÓGICA ATUARIAL...

Aliás, só por aí já se tem uma nítida ideia de que as mulheres (em geral) não têm o menor interesse em igualdade. Querem, isto sim, se diferenciar através da obtenção de privilégios indecentes, pois, se defendessem o que impõe a lógica da matemática atuarial, as mulheres deveriam exigir idade para aposentadoria, no mínimo, cinco anos mais tarde do que os homens.