TEMA PRINCIPAL
Mesmo sabendo que praticamente todos os brasileiros estão mais interessados no julgamento do maior bandido do planeta, que acontece amanhã, no TRF4, em Porto Alegre, volto a insistir no tema PREVIDÊNCIA SOCIAL. Aliás, não por acaso os ROMBOS das duas Previdências têm sido alvo da maioria dos meus editoriais nesses últimos anos.
DÉFICIT MONSTRO
Pois, ontem, como foi amplamente noticiado, a Secretaria da Previdência divulgou o paquidérmico (e crescente) DÉFICIT da Previdência Social de 2017, que atingiu a magnífica cifra (recorde) de R$ 268,8 bilhões. O curioso, para não dizer indecente, é que muita gente ainda acredita que a Previdência Social é SUPERAVITÁRIA. Pode?
SÓ DA UNIÃO
Antes de tudo é preciso esclarecer que este ROMBO, já crônico, diz respeito apenas às CONTAS DA PREVIDÊNCIA de responsabilidade da UNIÃO, ou seja, do INSS, que atende os brasileiros de SEGUNDA CLASSE, e dos servidores públicos da União, que atende os privilegiados que compõem a PRIMEIRA CLASSE de brasileiros.
Não foram considerados aí, portanto, os fantásticos ROMBOS das PREVIDÊNCIAS dos Estados e Municípios.
ACRÉSCIMO DE 41 BILHÕES
A título de comparação, observem que o DÉFICIT registrado em 2016 foi de R$ 226,884 bilhões. Ou seja, mesmo para quem detesta a matemática é capaz de concluir que, em 2017, o ROMBO aumentou em mais de R$ 41 bilhões. Que tal?
2018 GARANTIDO
O que não constou no relatório é que o ano de 2018 já garante um fechamento com um DÉFICIT BRUTAL, independente de uma eventual (pouco provável) aprovação da REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Isto, graças à estúpida mutilação que sofreu, ao longo de 2017, na expectativa de que algo venha a ser aprovado.
PENSEM NISTO
Volto a afirmar: se a REFORMA DA PREVIDÊNCIA, mesmo esta que aí está para ser votada a partir de fevereiro, não for aprovada rapidamente, o Brasil deixa de ser um mero candidato a promover um grande e inevitável CALOTE dos títulos públicos. Passará a ser um EFETIVO CALOTEIRO, impossibilitado, inclusive, de pagar os próprios aposentados. Pensem nisto e façam o que é preciso.