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27 jul 2009

POUPAR OU GASTAR, EIS A QUESTÃO


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DILEMA
Quando as taxas de remuneração das aplicações financeiras oferecidas no mercado ficam pouco atraentes, quem dispõe de alguma sobra passa a enfrentar o seguinte dilema: poupar ou gastar.
FATOR QUE MAIS PESA
O fator, portanto, que mais pesa na hora da decisão do que fazer com a sobra, ou quantia poupada, é, indiscutivelmente, a taxa oferecida para remunerar a disponibilidade financeira.
CONSEQUÊNCIA
A consequência de uma taxa de juro baixa, coisa pra lá de conhecida ao longo dos tempos, é a seguinte: quanto menor for o rendimento oferecido para uma aplicação financeira, maior será o consumo de bens e serviços. Daí o receio da inflação de demanda.
SELIC
É notório que nem todos os investidores têm cacife para obter taxas iguais a Selic (hoje em 8,75%), coisa que implica na obtenção de rendimento menor ainda. Vale notar que, mesmo aqueles que ainda conseguem a taxa máxima, só vão receber 7%, líquido, ao ano (já descontado o IR) .
CONSUMO MAIOR
Assim, caso a satisfação produzida pelo bem que eventualmente venha a ser adquirido, seja maior do que a taxa atual de remuneração do capital, o provável é que o poupador dará por encerrado o período de protelação das compras futuras e passará a consumir já.
RISCO DE CRÉDITO
Dependendo do porte do poupador é óbvio que nem todo o recurso poupado irá para o consumo. Assim, diante da realidade atual das taxas oferecidas, caso ainda prefira aplicar em ativos financeiros onde o risco é de crédito, aí só resta aceitar as taxas existentes.
RISCO DE MERCADO
Por outro lado, caso entenda que as taxas atuais já deixaram de ser estimulantes, o negócio é começar a dar maior preferência para investimentos em ativos onde o risco é de mercado, como ações, obras de arte e outros do gênero.