TÍTULO EQUIVOCADO
Pelo desempenho que a economia brasileira vem mostrando ao longo dos últimos anos é de se concluir que o governo se equivocou quando criou, e tornou público, o Plano Brasil Maior. Na melhor das hipóteses, o título mais apropriado seria Plano Brasil Parado. Que tal?
NOVA PREVISÃO
Até aqueles que não se ligam em assuntos de economia, já perceberam: a cada segunda-feira, o relatório Focus, do Banco Central, informa uma nova redução (décimo) do crescimento do PIB para 2012. Hoje, por exemplo, o novo índice aponta para um crescimento de 1,9%, ante 2,01% previstos na semana passada.
MUITO ABAIXO
Pois é, gente. De redução em redução, o PIB brasileiro vai minguando. Na largada do ano, o governo gritava por todos os lados que o crescimento da economia brasileira não ficaria abaixo de 4,5%. Fez o mesmo, aliás, no ano anterior, que acabou fechando em 2,7%, muito abaixo das previsões iniciais.
OTIMISTA
Volto a afirmar, portanto, que sou e estou (ainda) muito OTIMISTA. Até porque vejo, claramente, a economia brasileira totalmente paralisada. PESSIMISTAS, aqui entre nós, são aqueles que apostam em PIB negativo. Não que estejam muito errados, mas para este ano esta probabilidade é quase nula.
BARBEIROS
O que me deixa um pouco aliviado, dentro de tanta desesperança, é que muita gente já percebeu que a responsabilidade pelo mau desempenho da MÁQUINA BRASIL está no comando. As manobras que os pilotos da economia vêm praticando demonstram que o país está nas mãos de verdadeiros barbeiros.
THE ECONOMIST
Vejam que a revista britânica -The Economist-, a mesma que em 15 de fevereiro deste ano (2012) mostrou (na capa) o título: BRAZIL TAKES OFF (O Brasil decola), acaba de publicar uma reportagem na qual analisa o -boom- de crédito pelo qual o mercado brasileiro vem passando nos últimos anos. A relação CRÉDITO/PIB brasileiro, como é sabido, praticamente dobrou nos últimos 10 anos e o comprometimento da renda extrapolou a capacidade de pagamento das dívidas.
EXPANSÃO IRRESPONSÁVEL
A expansão, como também é sabido por aqui, foi impulsionada basicamente pela: 1- facilidade ao crédito imobiliário, onde os preços dos imóveis nas grandes cidades mais do que dobrou nos últimos cinco anos; e,2- facilidade dos financiamentos de veículos, que a cada ano atingem novos recordes. O termo ASSUSTADOR se deve ao fato de que a expansão de crédito está sendo acompanhada pelo aumento da INADIMPLÊNCIA. A revista (atrasada em relação aos novos índices) cita o nível de 6% - para atrasos superiores a 90 dias ? que acaba de bater recorde histórico. Que tal?