MÃO DE OBRA
Um país com quase 200 milhões de habitantes jamais poderia se queixar da falta de mão de obra para poder progredir. Pois, por total irresponsabilidade dos governos (federal, estaduais e municipais), a imensa maioria do povo brasileiro não reúne condições mínimas para poder ocupar as vagas que o mercado oferece.A razão, bem escancarada, é uma só: FALTA EDUCAÇÃO, que se traduz em falta de gente especializada.
INCAPACIDADE PARA COMPETIR
Somando esta deficiência dramática com o exagerado custo social empregatício faz do Brasil um país cercado de limitações por todos os lados. O que explica, com toda a clareza, a nossa incapacidade para competir com qualquer país do mundo.
NA AGRICULTURA
Observem, por exemplo, o que acontece com a safra de grãos 2013, que deve alcançar 183,5 milhões de toneladas (aumento de 10,5% sobre as 166,1 milhões de toneladas da temporada anterior). Os festejos do significativo crescimento, como estamos assistindo, perdem o encanto quando nos deparamos com a absurda e total falta a infraestrutura para o escoamento da produção.
DESPERDÍCIO
A situação, infelizmente, não melhora muito quando, finalmente, o governo se decide pela construção da tal infraestrutura inexistente. Visando resolver os problemas de logística, aí, por falta de mão de obra capaz acaba por não fazer as coisas com qualidade minimamente aceitável. Assim, o pouco que consegue construir resulta em produto defeituoso. Com isso, o desperdício, tanto de material quanto do acabamento, é monstruoso.
NA INDÚSTRIA
Na área industrial, a nossa situação é ainda mais desalentadora: quando existe mão de obra mais qualificada e treinada, os custos sociais cobrados na folha de salário somados aos tributos, torna extremamente elevados os preços dos produtos brasileiros, em comparação com artigos produzidos em qualquer lugar deste mundo.
NA EXPORTAÇÃO
Notem que para exportar produtos manufaturados, o obstáculo não está na pesada carga tributária. Como imposto não se exporta, aí o Brasil perde competitividade pelo alto custo social, ou seja, a folha de pagamento. Enquanto não fizermos a reforma TRABALHISTA, a única coisa que vamos ouvir é que não temos capacidade para competir.
CÍRCULO VICIOSO
Como não consta (e jamais constou) no horizonte do interesse do governo a reforma Trabalhista, o Brasil está condenado a manter a MATRIZ NACIONALISTA DE DESENVOLVIMENTO. Isto significa que quando permitida a entrada de produtos estrangeiros no país, a sobretaxa que é cobrada neutraliza a nossa falta de competição. Estamos, como se vê, metidos num péssimo CÍRCULO VICIOSO. Para todo o sempre.