IGNORÂNCIA ECONÔMICA
Há momentos que é preciso contato direto, real, com o fundo do poço para que muita gente perceba o tamanho da ignorância econômica que existe no mundo todo. Pois, esta preocupante escuridão, que impede a visão e a compreensão do preço de cada pretenso benefício (relação causa/efeito) oferecido pelos governantes populistas, é o que provoca a forte resistência aos remédios que ainda podem evitar falência de inúmeros países.
EDUCAÇÃO
Ora, se a atual crise mundial está mostrando esta reação nos países onde a educação é a melhor qualidade, onde esse índice é mais baixo, como é nosso caso, aí o problema ganha contornos muito mais preocupantes.
CAOS MAIOR
Vejam que em certos países falidos, muita gente prefere que o caos seja ainda maior. Como o povo está indo às ruas para protestar contra a redução dos gastos públicos, esta atitude sugere que independente do tamanho das despesas, os recursos públicos jamais se esgotam.
O QUE É INCONTESTÁVEL
Pois, ainda que convencido de que pouco ou nada adianta ficar explicando ou fazendo projeções sobre a economia nacional e internacional, não desisto. Para tanto começo por uma constatação incontestável: 1- Em 2011 o mundo cresceu menos do que em 2010. 2- Em 2012, como a desaceleração será ainda maior, já se sabe que não será melhor do que 2011.
POR ENQUANTO
Fazendo uma análise daqueles países de maior impacto econômico para o Brasil, como é o caso da China, EUA e Comunidade Europeia, mesmo com a visão bastante prejudicada pela forte neblina e/ou tempestade econômica mundial, por enquanto a maioria dos economistas que ouvi arrisca o seguinte palpite:
CHINA
Se todos vão crescer menos, a China não tem como não desacelerar. Além disso já acumula alguns desequilíbrios, sofre pressão inflacionária e a mão de obra barata está começando a desaparecer. Percebendo as dificuldades o governo chinês já começa a mexer na política monetária. Mesmo assim, por não se tratar de um movimento súbito, o impacto parece não ser muito sério neste momento.
EUA E EUROPA
Nos EUA, mesmo que o desempenho da economia não seja brilhante, a realidade mostra que as coisas estão melhorando. Afinal, crescer 1,7% dentro deste quadro mundial complicado é pra lá de razoável. A crise americana, portanto, é muito mais política. Há uma evidente e indisfarçável crise de liderança. De ambos os lados. Caso a bandeira do entendimento seja hasteada, tudo pode melhorar por lá e fora de lá. EUROPA - Já na Europa a encrenca, embora muito séria, dependendo do esforço até agora demonstrado pelos líderes dos países que compõem, principalmente, a Zona do Euro, parece se aproximar de uma solução. Isto significa que pode ser, tanto para um bom e necessário ajuste fiscal, como para o caos total. A conferir. Sobre o Brasil deixo para amanhã.