CURIOSIDADE
Ontem, dentre as inúmeras mensagens que chegam, diariamente, na minha caixa postal eletrônica, uma delas me chamou atenção pela curiosidade do missivista que, se dizendo leitor assíduo deste -site- por mais de uma década, quer saber por qual razão governos e entidades empresariais dificilmente aparecem como anunciantes do Ponto Critico.
CREDIBILIDADE
Pois, imaginando que outros leitores tivessem a mesma curiosidade, ao invés de responder exclusivamente ao leitor achei por bem responder através deste editorial. E de pronto já esclareço que só anuncia no Ponto Crítico empresas que estão em linha com os meus editoriais e não o contrário. É isto, no meu entender, que define e estabelece a credibilidade de qualquer editor.
PUBLICIDADE DE GOVERNOS
Respondendo, portanto, a indagação do curioso leitor, em primeiro lugar, por questão de princípio e respeito, informo que anúncios de governos, quando institucionais (sem mensagem específica de providências), não são bem-vindos por uma razão importante: a conta da publicidade, por óbvio, é repassada para os já bastante esfolados pagadores de impostos.
ENTIDADES EMPRESARIAIS
Já no que diz respeito às entidades empresariais, aí a situação se inverte: elas (maioria) é que preferem ficar o mais distante possível do Ponto Critico. As razões para tanto, arrisco a dizer, se devem ao fato da minha total intolerância com o MERCANTILISMO, que vigora no nosso pobre país desde 1500, quando aqui chegou a expedição chefiada por Pedro Alvares Cabral.
COMPADRIO
O Mercantilismo, que os incautos (influenciados pela mídia) confundem com Capitalismo, é um sistema econômico de COMPADRIO, que promove uma íntima relação Estado/Empresário. Esta legítima TROCA DE INTERESSES se identifica como o ADUBO que propicia o plantio e desenvolvimento de todos os tipos de CORRUPÇÃO.
PROVA DO CRIME
Aliás, tudo que estamos assistindo em termos de CORRUPÇÃO é prova do quanto o Brasil é vítima do Mercantilismo. Ou seja, quanto mais crescem os frutos, menos fica claro quem é o CORRUPTOR e quem é o CORROMPIDO. Através das nojentas cumplicidades que se formam para a conquista de privilégios de ambos os lados, fica difícil dizer quais são os agentes ATIVOS e quais os PASSIVOS.
NEGÓCIO
Há quem diga que o negócio é faturar, não importando a forma e os meios. Isto, no entanto, não me faz mudar de ideia e de comportamento. Prefiro manter a minha linha editorial, custe o que custar. Afinal, quem vende credibilidade não precisa ser amado, apenas respeitado.