PREVIDÊNCIA AMEAÇADA
Nestes últimos dias o que mais leio, ouço e assisto é que a reforma da Previdência, justamente esta, que é tida como a mais urgente de todas uma vez que a conta dos aposentados, tanto do setor privado como, principalmente, do setor público, é a responsável direta pelo altíssimo DÉFICIT PÚBLICO, está fortemente ameaçada.
PRATICAMENTE ENTERRADA
Isto significa que nem mesmo os pontos mais tímidos, que deveria oferecer menor resistência por parte daqueles que se colocam contra a reforma, têm condições de ser aprovados, como é o caso da idade mínima e do necessário aumento do percentual de contribuição, estão preocupando a maioria dos nossos parlamentares.
PROBABILIDADE ZERO
Como já estamos na segunda semana de novembro, o que se pode esperar dos nossos deputados e senadores ao longo dos poucos dias que nos separam do final do ano? Muito pouco, certamente. Assim sendo, infelizmente, a probabilidade dos nossos representantes se interessarem em diminuir o tamanho da desgraça que atinge as nossas deficitárias contas públicas, é praticamente igual a zero.
GOVERNO DERROTADO?
O curioso é que a mídia insiste, diariamente, afirmando que o derrotado é o governo. Ora, se alguém considera que o governo é o derrotado pela não aprovação da reforma da Previdência, assim como de outras tantas igualmente consideradas imprescindíveis, da mesma forma está dizendo, claramente, que alguém saiu vitorioso.
VERDADEIROS DERROTADOS E VITORIOSOS
Antes de tudo, portanto, é preciso deixar bem claro que o grande DERROTADO com a não aprovação de uma efetiva e completa reforma da Previdência é o brasileiro de SEGUNDA CLASSE (aposentado pelo e contribuinte do INSS), que compõe a imensa maioria do nosso povo. E o grande VITORIOSO, mais uma vez, o brasileiro de PRIMEIRA CLASSE (aposentados do serviço público) que compõe uma minoria altamente privilegiada.
ALÉM DE CRIMINOSOS
Se até agora eram poucos aqueles que tinham consciência desta enorme e extraordinária INJUSTIÇA SOCIAL (indiscutivelmente a maior do nosso planeta), hoje não há mais esta desculpa face ao que escancaram os repetidos DÉFICITS DAS CONTAS PÚBLICAS.
Assim, o fato dos nossos deputados e senadores deixarem pra lá esta inadiável e necessária reforma, dá a entender que, além de criminosos, estão ao lado dos vitoriosos privilegiados da PRIMEIRA CLASSE e contra os pobres derrotados da SEGUNDA CLASSE. Só pode.