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08 dez 2004

OS NÚMEROS DA FIERGS


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BALANÇO DA INDÚSTRIA
Hoje foi a vez da Fiergs mostrar os números do desempnho da economia em 2004 e as projeções para 2005. Como as demais entidades, confirma a expectativa de crescimento para este ano em 5,1%. Exportações recordes e melhora do mercado interno asseguram esta taxa de elevação da atividade e do consumo, apesar de que a renda tenha crescido nas faixas de salário menor e recuado nas faixas de poder aquisitivo maior. Estamos virando uma figura muito alongada, tipo Torre Eiffel, e deixando de ser uma pirâmide equilibrada, que consagra uma classe média robusta. E isto não bom para quem depende de crescimento.
IMPORTAÇÕES/EXPORTAÇÕES
Em 2005, as exportações devem continuar crescendo. A expectativa é chegar ao fim do ano entre U$ 106 a U$ 110 bi, enquanto que as importações estão projetadas para algo como U$ 78 a U$ 81 bi. O saldo da balança previsto deve ficar entre U$ 32 bi (no máximo) e U$ 24 bi (no mínimo).
FANTASMAS
Os dois fantasmas que rondam o nosso sucesso continuam os mesmos: petróleo e juros americanos. O comportamento destas variáveis vai ditar o fluxo de capitais internacionais para os países em desenvolvimento. Pesam esta probabilidade de insucesso, algo como 20% das expectativas. As taxas de juros dos EUA, no entanto, devem subir entre 3,75% e 4%.
INDICADORES FIERGS- 2005
Cenário I Cenário IIPIB Total 3,50% 2,70%Agropecuária 4,00% 3,50%Indústria Total 4,30% 3,40%Serviços 2,90% 2,10%Empregos Gerados (em mil) 1.184 994Exportações (US$ Milhões) 110 bi 106 biImportações (US$ Milhões) 78.bi 81 biSaldo Comercial (US$ Milhões) 32 bi 24 biTaxa de Câmbio (Média do ano) 2,95 3,15Taxa de Juros (Média do ano) 16,71 17,1IPCA 6,00% 7,10%
CULTURA ANTIGA
A cultura empresarial brasileira adquirida ao longo do tempo, infelizmente, mostra que não há preparo suficiente para uma caminhada solo, ou seja, poder andar sem ficar de mãos dadas com o governo. Continua e continuará sendo a frágil criança que não pode se afastar sob pena de se perder ou levar um tombo. Mas, uma criança esperta, no entanto, que para ser obediente, vive pedindo balas e sorvetes ao seu grande tutor. Definindo: não somos um país capitalista. Juit menos neoliberal (que ainda não sei o que significa).
ALTA ARTIFICIAL
Isto está bem claro, mais uma vez, na questão cambial que estamos vivendo. O BC declarou como necessária a flutuação do cambio, deixando ao sabor do mercado a fixação do preço das moedas. Os exportadores, que jamais clamam por uma intervenção quando os preços lhes são favoráveis, choram copiosamente quando acontece o inverso. E o povo, sempre ignorante, acaba sendo vítima do seu desconhecimento e da cultura da intervenção governamental. E exige que o BC promova sempre uma alta do dólar artificialmente.
O MERCADO É MAIS JUSTO
É absolutamente necessário entender que ninguém é melhor do que o mercado para identificar preços. O governo não é e não pode ser um ser celestial para dizer quanto vale uma moeda. E muito menos os exportadores, que sempre pedem valor maior, naturalmente. O que precisamos mesmo é um grande fluxo internacional ? importação e exportação ? que permita o maior equilibrio entre oferta e demanda, e não os interventores, que acabam sempre por alegrar alguns e prejudicar a muitos.
SALA DO EXPORTADOR
O governador Rigotto e o secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, inauguram amanhã, 9, às 10 horas, a Sala do Exportador. Um instrumento que estará aberto aos interessados no pavimento térreo do Centro Administrativo do RS. A Sala do Exportador destina-se a apoiar os empresários com vistas a ampliar o número de empresas gaúchas que exportam. No local os empresários obterão informações sobre comércio exterior, inclusive o passo a passo para efetivar uma exportação. Também estarão disponíveis dados sobre logística, financiamentos, câmbio e seguros, promoção comercial e redes internacionais de negócios. A abertura da Sala do Exportador contará com a presença do presidente da Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F), Manoel Felix Cintra Neto.