BALANÇO DA INDÚSTRIAHoje foi a vez da Fiergs mostrar os números do desempnho da economia em 2004 e as projeções para 2005. Como as demais entidades, confirma a expectativa de crescimento para este ano em 5,1%. Exportações recordes e melhora do mercado interno asseguram esta taxa de elevação da atividade e do consumo, apesar de que a renda tenha crescido nas faixas de salário menor e recuado nas faixas de poder aquisitivo maior. Estamos virando uma figura muito alongada, tipo Torre Eiffel, e deixando de ser uma pirâmide equilibrada, que consagra uma classe média robusta. E isto não bom para quem depende de crescimento.
IMPORTAÇÕES/EXPORTAÇÕESEm 2005, as exportações devem continuar crescendo. A expectativa é chegar ao fim do ano entre U$ 106 a U$ 110 bi, enquanto que as importações estão projetadas para algo como U$ 78 a U$ 81 bi. O saldo da balança previsto deve ficar entre U$ 32 bi (no máximo) e U$ 24 bi (no mínimo).
FANTASMASOs dois fantasmas que rondam o nosso sucesso continuam os mesmos: petróleo e juros americanos. O comportamento destas variáveis vai ditar o fluxo de capitais internacionais para os países em desenvolvimento. Pesam esta probabilidade de insucesso, algo como 20% das expectativas. As taxas de juros dos EUA, no entanto, devem subir entre 3,75% e 4%.
INDICADORES FIERGS- 2005Cenário I Cenário IIPIB Total 3,50% 2,70%Agropecuária 4,00% 3,50%Indústria Total 4,30% 3,40%Serviços 2,90% 2,10%Empregos Gerados (em mil) 1.184 994Exportações (US$ Milhões) 110 bi 106 biImportações (US$ Milhões) 78.bi 81 biSaldo Comercial (US$ Milhões) 32 bi 24 biTaxa de Câmbio (Média do ano) 2,95 3,15Taxa de Juros (Média do ano) 16,71 17,1IPCA 6,00% 7,10%
CULTURA ANTIGAA cultura empresarial brasileira adquirida ao longo do tempo, infelizmente, mostra que não há preparo suficiente para uma caminhada solo, ou seja, poder andar sem ficar de mãos dadas com o governo. Continua e continuará sendo a frágil criança que não pode se afastar sob pena de se perder ou levar um tombo. Mas, uma criança esperta, no entanto, que para ser obediente, vive pedindo balas e sorvetes ao seu grande tutor. Definindo: não somos um país capitalista. Juit menos neoliberal (que ainda não sei o que significa).
ALTA ARTIFICIALIsto está bem claro, mais uma vez, na questão cambial que estamos vivendo. O BC declarou como necessária a flutuação do cambio, deixando ao sabor do mercado a fixação do preço das moedas. Os exportadores, que jamais clamam por uma intervenção quando os preços lhes são favoráveis, choram copiosamente quando acontece o inverso. E o povo, sempre ignorante, acaba sendo vítima do seu desconhecimento e da cultura da intervenção governamental. E exige que o BC promova sempre uma alta do dólar artificialmente.
O MERCADO É MAIS JUSTOÉ absolutamente necessário entender que ninguém é melhor do que o mercado para identificar preços. O governo não é e não pode ser um ser celestial para dizer quanto vale uma moeda. E muito menos os exportadores, que sempre pedem valor maior, naturalmente. O que precisamos mesmo é um grande fluxo internacional ? importação e exportação ? que permita o maior equilibrio entre oferta e demanda, e não os interventores, que acabam sempre por alegrar alguns e prejudicar a muitos.
SALA DO EXPORTADORO governador Rigotto e o secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, inauguram amanhã, 9, às 10 horas, a Sala do Exportador. Um instrumento que estará aberto aos interessados no pavimento térreo do Centro Administrativo do RS. A Sala do Exportador destina-se a apoiar os empresários com vistas a ampliar o número de empresas gaúchas que exportam. No local os empresários obterão informações sobre comércio exterior, inclusive o passo a passo para efetivar uma exportação. Também estarão disponíveis dados sobre logística, financiamentos, câmbio e seguros, promoção comercial e redes internacionais de negócios. A abertura da Sala do Exportador contará com a presença do presidente da Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F), Manoel Felix Cintra Neto.
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