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31 out 2006

OS GAÚCHOS NÃO QUISERAM OUVIR


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ENFIM, UM LIBERAL
A lacuna deixada por Roberto Campos na política brasileira começa, felizmente, a ser preenchida. Paulo Feijó, liberal convicto e declarado, é o primeiro a se atrever e que chega à política como cristão novo. E na sua primeira investida já consegue se eleger como vice-governador do RS, na chapa de Yeda Crusius. Bom começo, diga-se de passagem. Parabéns, Feijó.
POSTURA COERENTE
Por ter presidido entidades supermercadistas, tanto local quanto nacional, e mais recentemente a Federasul, boa parte da sociedade gaúcha já conhecia a postura coerente do hoje vice-governador, Paulo A. Feijó, sobre a necessidade de enfrentar a venda de estatais. A falida situação do RS e a falta absoluta de prestação de serviços adequados pelo Estado, nada mais lógico do que pregar um forte enxugamento do governo. Isto é honesto e exemplar.
FEDERALIZAÇÃO
Paulo Feijó já sabia que a campanha de Yeda enfrentaria dificuldades pela forma com que seus opositores explorariam o tema, embora não tenha falado em privatizar o Banrisul. Afirmou ser favorável à federalização do banco estatal para, assim, diminuir o comprometimento da dívida pública com a União, que é hoje superior a 18% da RCL - Receita Corrente Líquida (algo como R$ 120 MM mensais. A entrega da instituição ao governo federal era uma alternativa possível, como muitos outros estados fizeram.
PROES
Para quem não lembra, na década de 1990, quando foram aportados os recursos do PROES, para sanear e salvar o Banrisul, que à época estava totalmente insolvente, o governo do RS tinha duas opções: 1- passar o controle acionário do banco estatal para a União e com isto comprometer 13% da RCL, como os demais estados fizeram; ou, 2- ficar com o controle do Banrisul comprometendo aí 18% da RCL.
OPÇÃO ADOTADA PELO RS
A opção adotada pelo governo gaúcho, como é sabido, foi a segunda. E ela só se justifica desde que a instituição lucre tanto ou mais do que o desembolso adicional dos 5 pontos percentuais (18% menos 13%). Feijó tentou explicar isto, mas contou sempre com a má vontade de alguns setores da imprensa mais inclinados a apoiar Olívio nas eleições.
LULA NÃO PRIVATIZA
A sociedade gaúcha vive pregando a necessidade de renegociar a sua dívida do Estado, no valor de RS 32 bilhões, com a União. Caso isto venha a ocorrer (coisa nada provável porque envolve a concordância de todos os Estados), alguns ativos precisariam entrar na negociação. Admitamos o seguinte: caso o Banrisul fosse parar nas mãos do governo federal, para quem adora empresas públicas não há do que se queixar. Afinal, o presidente é o Lula, do PT, não? E ele, com toda a certeza, jamais privatizaria o Banrisul, não é mesmo? Afinal, o que ele já fez com o Banco do Estado do Maranhão e com o Banco do Estado do Ceará jamais poderia acontecer com o Banrisul. Ou pode? Nunca. Argumentos não faltam, pois o BB é estatal e nunca precisou ser gaúcho para ter agências no RS. Paulo Feijó está cheio de razão. Parabéns!
PRÊMIO ABIMAQ
Até o dia de 5 de novembro estão abertas as inscrições para a 5ª edição do Prêmio Abimaq de Jornalismo.Podem participar reportagens sobre o setor de bens de capital mecânico, suas empresas e eventos, veiculadas até o dia 31/10/2006. O valor total dos prêmios chega a R$52 mil, que será dividido em 4 categorias: reportagens de jornais e revistas, rádio e televisão, internet e revistas especializadas. Informações no site da Abimaq: www.abimaq.org.br
PARCEIROS VOLUNTÁRIOS
A ONG Parceiros Voluntários e três OSCs (Organizações da Sociedade Civil) estão dividindo um estande na Praça da Alfândega prestando informações gerais para o público. Cerca de 50 voluntários se revezarão no local, das 13h às 21h, durante todo o período da feira, que acontece até o dia 12/11. A SAM (Sociedade de Auxílio Mútuo), que ajuda pessoas em situação de risco, como depressão; a SPAAN (Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio aos Necessitados), que trabalha no auxílio aos idosos; e a Associação Duas Mãos Quatro Patas, que realiza ações em prol dos animais de rua, são as OSCs que estarão apresentando suas atividades no estande, localizado próximo ao Santander Cultural.
A ERA DO VAGALUME
Cézar Busatto e a jornalista Jandira Feijó se unem neste livro para assumir sua convicção de que a democracia ainda é o melhor caminho para fazer a mudança social com respeito à pluralidade. Isto passa, necessariamente, segundo eles, por um profundo questionamento do papel dos partidos políticos, das organizações não-governamentais, das empresas e, principalmente do Estado, que ao longo dos tempos distanciou-se da sociedade e não conseguiu oferecer respostas efetivas para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Lançamento 10 de novembro de 2006 às 19h30min Pavilhão de Autógrafos na Praça da Alfândega52ª Feira do Livro de Porto AlegreEditora da Ulbra.
PRÊMIO
O Prêmio Gestor Público foi criado pelo Sindaf para destacar os projetos desenvolvidos pelos municípios que apresentarem resultados positivos para suas comunidades. O objetivo é incentivar a melhoria da gestão pública, estimulando os gestores municipais em iniciativas inovadoras e criativas e no uso de metodologias de projetos em suas ações governamentais.Todos os municípios do Rio Grande do Sul podem inscrever projetos sem nenhum custo para as prefeituras. De acordo com o regulamento do Prêmio Gestor Público, podem participar até cinco projetos por prefeitura, desde que já implantados e com a possibilidade de avaliar o impacto dos resultados na comunidade beneficiária. A solenidade de entrega do Prêmio Gestor Público 2006, ocorre no próximo dia 7 de novembro, às 19 horas, no Auditório Dante Barone da Assembléia Legislativa do Estado.