ARGUMENTAÇÃO DIFÍCIL
Pelas mensagens que recebo de vários empresários, principalmente do setor industrial, vejo o quanto é difícil a compreensão das vantagens que a liberdade cambial traz para o Brasil. Principalmente neste momento em que os custos internos dos meios de produção, se comparados com tudo que é importado (basicamente, da Ásia), estão muito altos.
O QUE É FATO
É válido admitir que o preço atual das moedas tem sido um fator crucial e sério no impedimento da nossa competitividade. Mas, o fato é que não basta tornar o dólar mais caro para que tudo fique às mil maravilhas por aqui. A solução deste problema passa por diversas providências que o Brasil se recusa a tomar.
DESPERDÍCIO DE ENERGIA
O que lamento, e muito, é a falta de rumo desses empresários e suas poderosas entidades. Tontos e desfocados desperdiçam energia para, em coro, ficar reclamando do câmbio. Agindo assim, deixam de lutar com a mesma força para exigir reformas que levariam o Brasil a ser bem mais competitivo.
AUMENTO DE DESPESAS
No mesmo dia em que Lula e Dilma viajaram ao exterior para integrar as tropas dos países que estão no front da tal Guerra Cambial, os nossos parlamentares estavam reunidos para tratar de aumento brutal de despesas. Inclusive dos próprios salários, já a partir de janeiro de 2011. Aumento nada tímido, pois podem chegar a 100% do que ganham hoje. Pode?
BRASIL COMPETITIVO
Ora, o Brasil Competitivo, que poderia fazer valer sua força em várias Guerras: Cambial, Financeira, Administrativa e outras mais, precisa estar preparado. Não com discursos, que nada ajudam. Mas com armas capazes de levar os nossos produtos e serviços a ganhar o máximo de batalhas.
ARMA PODEROSA
Esta arma, que o Brasil, de forma muito teimosa se recusa a usar é a economia, o corte de despesas. Esta é a arma correta para fazer do Brasil um vitorioso, que nos levaria definitivamente ao grupo do primeiro mundo. A ponto, inclusive, de ajudar na grave questão cambial.
BRIC
Ah, só para não perder a oportunidade que o tema enseja, dos países que compõe o BRIC, os emergentes que mais atraem investimentos do mundo todo, o Brasil é aquele que tem a maior carga tributária/PIB. Eis, pela ordem das letras: Brasil, 36%; Rússia, 23%; Índia, 12,3% e China, 20%. Afinal, o câmbio é mesmo o grande vilão?