PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
O Brasil, finalmente, conseguiu comemorar o dia 15 de novembro. Não da forma como muita gente imagina, qual seja pela passagem dos 124 anos da Proclamação da República. Os festejos foram marcados por dois tipos bem distintos de comportamento
PRIMEIRO
1- um, formado por brasileiros decentes, os quais trataram de comemorar a prisão de onze (por enquanto) facínoras petistas, mesmo depois de decorridos quase oito anos desde a descoberta do maior crime de corrupção nunca antes visto neste país, que levou o nome de MENSALÃO.
SEGUNDO
2- o outro, formado por brasileiros nada decentes, os quais resolveram comemorar a prisão de seus líderes convencidos de que o mega-roubo do dinheiro público foi, além de digno e heroico, um verdadeiro ato de bravura.
PAÍS DA IMPUNIDADE
Como não podia deixar de acontecer no país da impunidade, no momento em que foi expedido o mandato de prisão dos condenados, o Brasil todo tomou conhecimento de que o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão, havia fugido país.
NA ITÁLIA
O meliante, aproveitando a moleza que o nosso pobre país geralmente concede a pessoas muito perigosas, tratou de se mandar para a Itália. Como tem dupla cidadania (brasileira e italiana) fez uso do privilégio. Lá deu boas risadas quando soube que estava sendo procurado no Brasil. Que tal?
SINAIS DE FUGA
Mas, afinal, quem é o tal de Pizzolato? Pois, o mais curioso, para não dizer revoltante, é que no ano passado o facínora já havia dado sinais de que fugiria do país. Mesmo depois de ter sido condenado, o tipo deixou o Brasil sem avisar a Justiça. Enquanto todos os mensaleiros tiveram de entregar seus passaportes brasileiros à Polícia Federal, Pizzolato, por ter dupla cidadania, usou o passaporte italiano e caiu fora. E os babacas, para variar, deixaram. Pode?
SEM TROCA
Condenado e agora também foragido da Justiça, o petista Henrique Pizzolato ? já figura na lista de procurados da Interpol. Na ficha do criminoso consta o papel central que teve no abastecimento do mensalão. Foi ele quem permitiu o desvio de mais de 77 milhões de reais para o esquema. Ou seja, nem ele e muito menos o dinheiro roubado voltará para o nosso pobre país. Creio que os italianos, que de bobos não tem nada, não tem mais qualquer interesse no Cesare Batisti. Preferem ficar com Pizzolato que está com boa parte do dinheiro surrupiado.