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26 jul 2013

OS AVENTUREIROS


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EIKE ESTEVES
O posicionamento do banqueiro André Esteves (leia-se BTG), a julgar pela entrevista que concedeu à revista Veja desta semana, a qual foi publicada com destaque nas Páginas Amarelas, mostra que estamos diante de mais um aventureiro, tipo Eike Batista. Seria algo como um Eike Esteves; ou André Batista, como queiram.
FLERTANDO COM O PERIGO
Como a revista Exame (ambas são do grupo Abril) também publicou uma matéria sobre Eike Batista e o BTG, com o título: O Incêndio Atingiu o Bombeiro, ao analisar as duas peças jornalísticas não tive dúvidas: tanto Eike quanto Esteves flertam demasiadamente com o perigo. E, para tanto, usam muito mais dinheiro alheio do que do seu próprio bolso.
POSTURA DIFERENTE
Aliás, nas vezes em que André Esteves esteve em Porto Alegre, com o propósito de traçar cenários e conversar com os clientes do BTG, fiz questão de comparecer. E em todas as oportunidades André se portou de forma bem diferente desta que expõe na sua entrevista à Veja. Estranha esta mudança de pensamento e/ou posição do banqueiro, não?
ARREPENDIDO?
Diz o agora arrependido banqueiro Esteves, que por muito tempo reinaram na OGX uma confiança e um encantamento exagerados. Ora, estes tipos de sentimentos são para investidores-babacas, que se deixam iludir por analistas irresponsáveis interessados, exclusivamente, em ganhar dinheiro às custas da boa fé dos clientes.
OPERAÇÕES ARRISCADAS
Na minha opinião, as operações das empresas de Eike Batista sempre foram consideradas como extremamente ousadas e arriscadas. Só não entendiam assim o banqueiro Esteves e o governo (BNDES), como afirmava sempre nas suas apresentações. Ao longo dos últimos dez anos, o que mais tenho feito é chamar a atenção de que ao adotar a velha e retrógrada matriz de desenvolvimento Nacional-Desenvolvimentista, o governo Dilma, não deixaria a economia crescer. Pois, ao longo desse período, André Esteves e muitos outros sempre trataram de me contrariar, como se eu fosse um bode na sala.
TRANSFERÊNCIA DE RISCO
Arrisco a dizer que o esperto Eike tinha consciência do elevado risco dos seus negócios. E aproveitou a benevolência estúpida dos governos Lula/Dilma para transferir grande parte do risco das suas apostas para os pagadores de impostos do país, via BNDES.
COMPROMISSO COM O MALFEITO
É de se perguntar: - Por que o BTG e Esteves foram notícia nas duas revistas da Abril, na mesma semana? Posso estar enganado, mas este tipo de coisa está mais para uma jogada combinada, e paga, para tentar explicar o inexplicável. O encantamento de Eike e de Esteves para com o governo Lula/Dilma não é coisa para administrador de recursos centrados e responsáveis. Isto é coisa de gente que tem forte compromisso com o atraso, com a esperteza e, principalmente, com o malfeito.