INFANTIL E RIDÍCULA
Se o governo foi tímido com as medidas anunciadas no PAC, o papel preferido por parte das oposições foi infantil e ridículo. Antes mesmo de lerem algumas poucas linhas do Programa de Aceleração do Crescimento já trataram de dar entrevistas aos meios de comunicação mostrando grande despreparo.
MERCANTILISTAS
Alguns líderes empresariais equivocados trataram de atacar a ausência de propostas para câmbio e juros, quando todo mundo sabia que não era por ali que passaria o PAC. Alguns exportadores, para não perder a hora, reclamaram mais uma vez que o governo nada fez para desvalorizar o real. Ou seja: mercado, para estes, é para fixar preços de produtos fabricados e procurados pelos consumidores. Preço de moeda deve ser fixado, obviamente com vantagens, pelo Estado, pelo BC. É esperteza mercantilista, gente.
LÓGICA DO MERCANTILISTA
Usando a lógica do pensamento mercantilista, basta raciocinar como alguém que gosta de viajar para a Europa e que por isto deveria ter uma vantagem na compra de euros. O governo deveria subsidiar a viagem de turismo fixando o real em paridade com o euro. Que tal?
MELHOR GRUPO
Acertaram aqueles críticos mais centrados que lamentaram a falta de medidas reformistas, que dariam a grande sustentação ao crescimento acelerado do PIB. Fico com este grupo e entendo que, se as medidas tem pontos positivos, o fato é que são absurdamente insuficientes para que o Brasil dê o salto que precisa para ser competitivo e decente.
REMÉDIO PARA AS PERNAS
O PAC, na forma simplista, pode ser entendido como um remédio para fortalecer e dar maior mobilidade as pernas. Só que o Brasil já amputou as suas há muito tempo, quando deixou de investir em infra-estrutura. Diminuição de custos, com reformas da previdência, fiscal e tributária seriam os tônicos ideais e necessários para a saúde econômica e social do corpo do Brasil.
OS GOVERNADORES
As declarações dadas por alguns governadores, quanto às perdas que seus estados deverão ter com a redução e eliminação de alguns tributos (PIS, COFINS e IPI), também mostram a falta de interesse que têm na diminuição da carga tributária do país. Ora, se certos tributos são coisas absurdas, o fato de acabar com eles deveria ser muito festejado e não lamentado.