VOTO FACULTATIVO
Nas duas últimas eleições ficou bem claro que o voto já deixou de ser uma obrigação para os eleitores brasileiros. Basta verificar o percentual de abstenções, que vem crescendo a cada pleito.
CONFORTÁVEL
Isto prova que eleitores perceberam que obrigatório mesmo é a justificativa pelo não comparecimento às urnas. Pronto. Caso isto aconteça fora do prazo determinado basta o pagamento de uma pequena taxa. Nada mais. Aliás, bem confortável, principalmente para quem mora longe da sua seção de votação.
ABSTENÇÃO
Vejam, por exemplo, que nesta eleição, de um universo de 135.804.043 eleitores cadastrados, a abstenção foi de 18,1%, ou seja, 24.610.296 eleitores simplesmente não compareceram às urnas. Isto sem falar nos votos nulos e em branco, que atingiram 9,6 milhões. Em 2006, a eleição para presidente já havia registrado 16,7% de abstenções.
MELHOR QUE A MARINA
Considerando que 47.651.434 de eleitores votaram na Dilma (46,91%); 33.132.283 em José Serra (32,61%) e 19.636.359 (19,33%) em Marina da Silva, quem ficou realmente em terceiro lugar foi a ABSTENÇÃO, com 24,6 milhões de votos desperdiçados por falta de comparecimento.
BUSCA DE VOTOS
Tenho observado que tanto a mídia quanto os candidatos que ficaram para o segundo turno estão muito preocupados com os votos que foram para Marina. Como se só aqueles possam resolver a eleição.
GARIMPAR E SEDUZIR
Ora, ainda que a providência seja boa e necessária, se fossem bem mais espertos deveriam sair atrás dos votos de quem ficou com o terceiro lugar nas eleições. Deveriam tratar de garimpar e seduzir aqueles que deixaram de comparecer às urnas.
PESQUISAS
Só para não deixar em branco o assunto - pesquisas eleitorais - creio que há um equívoco geral, quando muita gente diz que os institutos erraram feio. Ora, para confirmar a intenção declarada ao pesquisador é preciso que o voto seja depositado na urna. Com tamanha abstenção, aí pode estar a diferença entre os números da pesquisas e o acontecido.