REFORMA DO FMI
O governo brasileiro, na véspera da Reunião de Cúpula do G-20, que aconteceu neste final de semana no Canadá, antecipou que está disposto a propor uma grande reforma do FMI.
ENTIDADE FLEXÍVEL
A mudança que Lula prega para o Fundo, pela entonação de voz que deu no discurso que fez antes do embarque, diz pouco quanto a um aumento do poder de voto dos países emergentes, e muito em transformar o FMI em entidade mais flexível.
PREVIDÊNCIA
Ora, muito antes de exigir uma reforma do FMI, Lula deveria dar exemplo fazendo reformas no Brasil. Deveria, por exemplo, começar pela Previdência, que nada tem de técnica e, para desespero de todos é exclusivamente assistencialista.
PEDIDOS DE SOCORRO
Mesmo falando em flexibilidade, como sugere para o FMI, Lula já deveria saber que o descontrole dos gastos públicos é, indiscutivelmente, o grande e maior responsável pelos pedidos de socorro ao Fundo.
REUNIÃO POSITIVA
De qualquer forma, a Reunião do G-20 foi positiva. Os EUA apresentaram a sua importante reforma do sistema financeiro. E a maioria dos países integrantes do Clube se mostrou disposta a reduzir drasticamente os pesados déficits públicos.
RECESSÃO
Se isto é bom, indispensável e necessário, o custo da decisão vai desembocar num crescimento mundial reduzido e, muito provavelmente, um horizonte de prolongamento da recessão. Neste caso, os países que tem um mercado interno mais intenso sofrerão menos.
RECADO
Este provável encerramento do ciclo de grandes aventuras econômico-financeiras, como propõe o G-20, terá como foco principal o crédito. Daqui para frente, salvo maior engano, a concessão de empréstimos será, alem de menos abundante, bem mais criterioso.