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30 jun 2010

O QUE O ELEITOR NÃO ENXERGA


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CAPACIDADE GERENCIAL
Se o povo gaúcho fosse realmente politizado, como muitos brasileiros insistem, a governadora Yeda Crusius estaria liderando com folga as pesquisas de intenção de voto como candidata à reeleição ao Governo do RS. Depois de assumir um Estado cheio de problemas e extremamente mal administrado, à exceção do período em que o governador Britto ocupou o Piratini, Yeda demonstrou uma incomparável capacidade gerencial.
ETERNO INSATISFEITO
Aliás, exatamente por ter colocado muita coisa em ordem é que Yeda, ironicamente, está apresentando baixa preferência eleitoral e correndo sério risco de não ser reeleita, como informam as pesquisas de intenção de voto. Uma prova de que, simplesmente, o povo gaúcho prefere ser um eterno insatisfeito.
TRADIÇÃO
Este mau comportamento já virou uma marca. Uma tradição. O que vimos nesses últimos 40 anos nos leva a entender que o caminho escolhido para ser trilhado é aquele que leva ao caos. Para tanto, como é sabido, entregou o Estado do RS às diversas corporações de funcionários públicos, que passaram a governar em benefício próprio.
FAMA E REPUTAÇÃO
A atitude guerreira dos Farrapos fez o povo gaúcho ganhar fama nacional de lutador, pouco tolerante às injustiças e exageradamente franco. Esta reputação se espalhou Brasil afora. No entanto, infelizmente, nada disso acontece mais no RS. Hoje, o gaúcho é um povo acomodado e tolerante. A tudo. Não reage a coisa alguma que atente ao progresso do RS.
PROJETOS EXPULSOS
Exemplos, ninguém pode me desmentir, não faltam. Eis dois para não cansar muito: 1- sem mexer um dedo, sem um único protesto os gaúchos viram o governo petista expulsar mais de 500 excelentes projetos do RS (muita gente, equivocadamente, ainda pensa que só a Ford foi defenestrada); 2- viu, também, o francês José Bové destruir o laboratório da Embrapa. E muito mais, gente.
POLITIZADO
A candidatura de José Fogaça, pelo que conseguiu dar um jeito em Porto Alegre depois do tsunami petista, é também uma boa opção. No entanto, pelo que Yeda apresentou em termos de gerenciamento e governança um povo minimamente politizado não perderia tempo. Não vacilaria.
ESPÍRITO FARRAPO
Para concluir, o que o povo do RS precisa mesmo é dar um basta definitivo no seu espírito Farrapo. Precisa tomar consciência de que não pode viver eternamente sendo Republicano ou Maragato. E, antes de tudo, é preciso assumir que a Guerra dos Farrapos acabou em derrota para o RS. A confirmação está no fato de que nenhum dos pontos do Acordo de Ponche Verde foi cumprido. Uma prova, enfim, de que o melhor mesmo é começar a reagir a tudo que atrasa o Estado.