ASSUNTO DOMINANTE
O assunto dominante dos noticiários do país foi a presença do mudo empresário Carlinhos Cachoeira, ontem, na CPI que leva o seu nome. Acompanhado de seu nobre advogado, o ex-ministro da JUSTIÇA, Marcio Thomaz Bastos, uma coisa precisa ser destacada: Cachoeira não mentiu.
PAPEL DE BABACAS
Ora, até os sapos dos banhados sabiam que Cachoeira não responderia às perguntas que os deputados e senadores babacas estavam dispostos a fazer. Portanto, qualquer sentimento de indignação manifestada pelos brasileiros mostra que temos enorme prazer em fazer, repetidas vezes, o lamentável papel de babacas.
DOMINADOS
O que mais impressiona nisso tudo é o estado de impotência que já tomou conta do povo. Não é preciso invadir o campo da psiquiatria para entender o quanto os brasileiros já foram dominados e se tornaram vítima do populismo governamental.
REAÇÕES? SÓ DE ALEGRIA
A sessão da CPI de ontem serviu como mais uma prova de que o governo Lula/Dilma não corre risco algum. As doses constantes de populismo injetadas nas mentes carentes de educação deixaram a população em total estado de torpor e mansidão. As únicas reações, quando ocorrem, são de alegria e otimismo.
PASSIVIDADE
Confiantes da continuidade desse comportamento passivo, o caminho para o conluio político fica cada vez mais aberto. Tanto para aliados quanto para os demais interessados, que precisam ficar imunes às acusações de falcatruas e/ou de atos de corrupção.
CONLUIO
Para comprovar a existência do conluio e da safadeza que impera no Brasil, o ex-ministro da JUSTIÇA do governo Lula, que ocupou o cargo até pouco tempo atrás, aceitou a incumbência de advogar em defesa do considerado bandido número 1 do Brasil. Pode?Ora, mesmo que Thomaz Bastos seja ex-ministro, e por isso tem todo o direito de trabalhar, como advogado criminalista que é, na defesa de seus clientes, ao aceitar a causa do criminoso número um do país mostrou não ter qualquer compromisso com a ética.
CARGO ESTRATÉGICO
Como ética é regra de conduta moral e isto não mais existe no meio político do país, Bastos foi adiante. Confiante. Pois, da mesma forma com que tem o legítimo direito de advogar, qualquer brasileiro também tem o direito de admitir que a saída de Bastos do Ministério da Justiça foi para assumir um outro cargo governamental, estratégico: defender o Sr. Cachoeira. Só pode...