GRITAR
Foi preciso o ditador venezuelano expropriar três empresas siderúrgicas argentinas, que integram o Grupo Techint, para que os empresários portenhos começassem, finalmente, a gritar e reclamar do governo Kirchner que anda cheio de amores e bastante conivente com as preocupantes atitudes do ditador.
SILÊNCIO INCOMPREENSÍVEL
Desta vez a impressão é de que lá a ficha finalmente caiu. Os empresários parecem ter acordado. Desde 2003 que não se manifestavam, coisa totalmente incompreensível pelo estilo dos hermanos. O curioso é que os Kirchner jamais guardaram segredo da afinidade que têm para com a ideologia e as atitudes de Hugo Chávez.
APOIO TOTAL
Vejam que na semana passada, em El Calafate, Chávez declarou total apoio à reeleição de Cristina. Agora, com a expropriação anunciada, os empresários argentinos já se convenceram de que o pensamento e os interesses dos Kirchner é o mesmo de Chávez. São coniventes.
BABACAS
Como já me manifestei por diversas vezes sobre o risco que representa para o Mercosul o Mussolini Tropical, título dado pelos argentinos ao ditador venezuelano, creio que os empresários brasileiros também deveriam sair do silêncio. Caso contrário serão tão babacas quanto foram os argentinos. Portanto, antes de ver algumas de nossas empresas serem também expropriadas é melhor fazer coro contra a entrada da Venezuela no Bloco.
NOVO FORO DE SÃO PAULO
É sempre bom lembrar que grande parte dos países latinos têm presidentes afinados e com assento no Foro de São Paulo. O Brasil inclusive, onde o PT até é fundador da organização comunista. Esse grupo é que está fazendo de tudo para transformar o Mercosul no novo FSP.
BNDES
Chamo a atenção pela enésima vez, embora saiba que muita gente ainda vê exagero nos meus comentários, porque na semana passada, em Caracas, ou seja, no exato momento em que expropriava empresas argentinas e outras mais, Hugo Chávez se encontrava com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e pedia apoio financeiro a projetos que estejam sendo tocados ou que venham a ser desenvolvidos por empresas brasileiras naquele país. Sabem o que irá acontecer depois de concedido o empréstimo? Vamos assistir a expropriação das empresas brasileiras que lá atuam. Viva!
FASCISMO
Têm razão os argentinos. Hugo Chávez não se parece nem um pouco com o revolucionário Simon Bolívar, como prefere ser comparado. Ele está muito, mas muito mais identificado com o ditador Benito Mussolini, criador do fascismo. Daí ter ficado bem apropriado o título que lhe deram de Mussolini Tropical.