MAIS IMPORTANTE
Embora sabido e reconhecido que o futebol é a atividade mais importante para os brasileiros, tudo aquilo que se viu ontem, na bela Curitiba, no encerramento do Brasileirão 2009, confirma esta realidade de forma indiscutível.
VIOLÊNCIA CRESCENTE
O lamentável comportamento mostrado por boa parte de aficcionados do Coritiba, que a imprensa insiste em chamar, equivocamente, de torcedores, não pode ser considerado um mero caso isolado no meio futebolístico. Esta praga já virou uma rotina, gente. Com uma diferença: a violência é crescente.
APOIADORES
Os times de futebol não têm torcedores. Têm, isto sim, apoiadores. Sócios e não sócios que, na razão direta do tamanho da paixão devotada à seus clubes, manifestam vibrações de alegria ou tristeza conforme os resultados colhidos a cada jogo ou a longo de um certame.
ROTINA
As maiores brigas, geralmente, acontecem quando os resultados de campo são negativos. Não é uma regra, mas é o mais costumeiro. Com muitos culpados, certamente. Culpados que jamais são punidos como deveriam. Daí, portanto, a rotina dos confrontos que acontecem nos estádios e fora deles.
GUERRAS
A imprensa esportiva, nos inúmeros debates e reportagens que ocupam todos os espaços das programações diárias, não faz outra coisa senão estimular os confrontos como se fossem guerras. E as agências de publicidade, engajadas no mesmo espírito, fermentam o procedimento.
COMERCIAL DE TV
Vejam, por exemplo, o que o comercial da Brahma, com vistas à Copa do Mundo, que está sendo veiculado nas redes de TV: as imagens mostram os atletas das seleções como guerreiros, típicos da Idade Média, prontos para uma guerra campal. Aparece, inclusive, o Luis Fabiano fazendo gestos chamando os adversários para a batalha.
ENFURECIDOS
Além disso mostra, também, assistentes, vestidos com a camisa da seleção brasileira, totalmente enfurecidos, como se estivessem dispostos a entrar em campo para decidir no pau. Ora, com gente desmiolada e com educação inexistente ou restrita, tudo isto soa como uma convocação. Convocação para a guerra, gente. E o curioso é que, tão logo o embate acontece, a imprensa como um todo deplora o comportamento. Como assim?