DANOS AO PAÍS
Até poucos dias atrás o governo brasileiro, apoiado por centenas de empresários, declarava, de forma eloquente e firme que tanto os dólares enviados por americanos e europeus ao Brasil quanto a entrada de produtos chineses, causam danos irreparáveis ao Brasil.
INIMIGOS DO BRASIL
O mais interessante nisso tudo foi a forma como a presidente Dilma se pronunciou: tanto aqui quanto no exterior, a sociedade brasileira ignara ficou extremamente orgulhosa. Muitos, inclusive, ficaram convencidos de que esses aproveitadores, além de maus e safados são inimigos do Brasil.
DECISÕES TOMADAS NO BRASIL
Ora, quem tem miolos sabe, perfeitamente, que as nossas taxas de juros, a nossa Constituição atrasada, nossos gastos absurdos, nosso custo-país, a nossa corrupção extraordinária e tudo mais, são fixados e produzidos aqui, não nos EUA, na Europa e na China.
VONTADE DO GOVERNO
Portanto, a entrada de dólares no Brasil se deu por exclusiva vontade do governo brasileiro. Se fixar juros mais altos é interpretado como um ato de safadeza, os safados fomos nós. Aliás, ao dar início à queda da taxa Selic, o governo provou quem, realmente, tinha culpa no cartório.
BATENDO EM RETIRADA
Como nos últimos dias começou a haver um movimento contrário, com os estrangeiros começando a retirar seus capitais de países mais arriscados, como demonstra ser nosso caso pelas decisões que o governo vem tomando, já imagino como o governo e os empresários vão reagir...
COMPARATIVO
Por enquanto, diante da péssima situação vivida pela Grécia Espanha e Itália, o Brasil ainda se destaca como país atrativo. Isto, porém, sob o aspecto comparativo.Analisando nos detalhes, o Brasil já mostra sinais de fadiga de consumo. Como a economia brasileira ficou animada graças ao crédito e não à redução do custo-país, a situação não tem como melhorar sem que reformas sejam feitas.
JUDAS
O governo e a mídia estão retardando ao máximo a admissão sobre o claro enfraquecimento da nossa economia. No entanto, quando a notícia precisar vir à tona, o culpado de tudo já foi escolhido: a crise europeia. Trata-se do novo Judas da equipe econômica e da própria mídia. Pode?