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26 mai 2010

O CARTAZ E O RISCO


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POSIÇÕES OPOSTAS
Na medida em que o cartaz do presidente Lula começa a cair no ambiente internacional, o índice que mede o risco-Brasil vai subindo a lomba. O interessante é que a velocidade de ambos, claro que em posições opostas, é praticamente a mesma. Ontem, por exemplo, a taxa de risco subiu para 248 pontos-base, depois de estar em 190 pb.
CRISE
Recentemente, como já comentei aqui, o presidente Lula disse ao primeiro ministro da Grécia, George Papandreou, que a direita faz as crises e depois obriga a esquerda a fazer os cortes nas despesas. Este impropério é mais um daqueles que vai contribuir, junto aos povos mais educados, para anular tudo aquilo que pensavam sobre Lula.
POBREZA
Lula não estaria muito errado se comentasse que tanto a direita quanto a esquerda promovem crises e depois precisam cortar despesas. Mas estaria certo se dissesse que os países que ele mais apóia sequer produzem desenvolvimento. Vivem eternamente mergulhados na pobreza. Vide Cuba, por exemplo.
DESENCANTO
O fato é que o conceito de Lula ganhou força mundial no momento em que o Brasil foi reconhecido como uma economia mais confiável, depois do estouro da bolha. Mas foram as decisões ideologicamente conscientes da nossa diplomacia, chefiada por Lula e Amorim, que deram início ao desencanto.
EPISÓDIOS
Começando pelo episódio lamentável de Honduras e pelo apoio irrestrito aos países comunistas latino-americanos, com a criação de uma nova OEA, cujo ato principal foi determinar o ingresso de Cuba e o afastamento dos EUA e Canadá. E, mais recentemente, com o apoio ao Irã, chefiado por um facínora mundialmente reconhecido como muito perigoso.
CORÉIA DO NORTE
É muito provável, pela lógica dos posicionamentos, que o governo brasileiro vá apoiar, também de forma irrestrita, a Coréia do Norte. Certamente vai desdenhar as declarações de Hillary Clinton, que há provas esmagadoras de que a Coréia do Norte afundou o navio Cheonan, da Coréia do Sul, no Mar Amarelo, no final de março, resultando na morte de dezenas de coreanos do sul.
PACTO COMUNISTA
Como a Coréia do Norte é um país comunista, alinhado com os programas de governos de vários países latinos, cujos líderes fazem parte do Foro de São Paulo, ou Unasul se preferirem, tudo indica que a solidariedade programático-ideológica precisará se impor dentro de um pacto comunista já firmado. Vamos aguardar.