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02 mar 2007

O BRASIL E OS EUA


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INSIGNIFICANTE
O Brasil, indiscutivelmente, até vem apresentando um bom desempenho no mercado internacional, via aumento das exportações. Mas, considerando o volume das importações feitas pelos EUA, que chegam a U$ 2 trilhões anuais, a nossa participação é bastante insignificante.
NOSSO DESTINO
Ora, se o grosso das nossas exportações tem como destino a terra de Tio Sam, e, repito, estamos contabilizando bons resultados pelo crescimento das exportaçoes, o fato é que não fazemos cócegas no mercado americano. Em outras palavras, somos dispensáveis.
HIPÓTESE
Vamos admitir a hipótese de que os EUA viessem a diminuir pesadamente as suas importações, para, digamos, U$ 1 trilhão, ou seja, 30% a menos do que vem importando. Mesmo assim tal redução não afetaria tanto o Brasil pelo nosso montante exportado. Isto significa que uma eventual recessão americana não mudaria em quase nada nas nossas exportações para lá. A não ser...
ÓDIO
O que poderia melhorar, em muito, a nossa situação simplesmente já foi abortado: a ALCA. Salvo poucas cabeças ainda pensantes, o fato é que os brasileiros detestam os americanos. Ao longo dos anos tem sido muito incutido nas mentes menos esclarecidas que o inimigo mora na América do Norte. Amigos, para esta maioria barulhenta, é a Venezuela (Hugo Chávez), Cuba (Fidel Castro) e Bolívia (Evo Morales).
MOBILIZAÇÃO
Pelo que já está sendo estampada pela nossa imprensa, a visita de Bush ao Brasil vai mobilizar muita gente. Principalmente a turma organizada da esquerda delirante, que a cada dia aumenta mais, tanto em tamanho quanto em ruído. Se Bush já goza de antipatia mundial vão aproveitar o tal ódio para colar nele o mesmo sentimento ao povo americano. E com isto vamos ficando mais distantes de um possível sucesso.
OS IDEOLÓGICOS
Como o grande assunto da visita de Bush é estímulo conjunto ao bio-combustível, coisa que interessa muito ao Brasil, e diminui a importância relativa da Venezuela no contexto americano e brasileiro, não faltarão, certamente, os sempre contrários ambientalistas, altamente ideológicos.
MAIOR TORCIDA
O diálogo, publicado nesta semana, entre Fidel Castro e Hugo Chávez, mostra o quanto já está sendo feito para promover mobilizações nos países em que Bush estará na América Latina. E, naturalmente, nos países em que Bush não estará mas que Chávez, espertamente, irá. Os jornais vão cobrir os eventos para dizer quem tem a maior torcida. Perdemos.