DIAGNÓSTICO
Os brasileiros foram pegos de surpresa com a notícia de que o ex-presidente Lula está com um tumor cancerígeno localizado na laringe. Se o diagnóstico, por si só, gera grande apreensão, quando o paciente goza de enorme popularidade, como é o caso do ex-presidente, aí a comoção se multiplica e todos querem acompanhar de perto o tratamento.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Daí a razão para tantas entrevistas e informações sobre este tipo de câncer, que todos os meios de comunicação estão apresentando. Da mesma forma, os noticiários estão dando grande espaço às reações que Lula apresenta ao já iniciado tratamento.Quando o assunto é doença, o que todos desejamos é que o tratamento resulte em cura. Envio, portanto, os meus votos de pronta recuperação, tanto de Lula quanto de todos os portadores de qualquer tipo de mal.
TUMORES SÉRIOS
Entretanto, o que é preciso chamar a atenção, por ser muito importante, é que o nosso pobre Brasil está com o corpo tomado por tumores sérios há muito mais tempo. E nem por isso os meios de comunicação têm se mostrado minimamente apreensivos.
CORTES PROFUNDOS
Embora ainda numa escala inferior ao da Grécia, para os cânceres que o Brasil apresenta, somente nas áreas Previdenciária, Trabalhista, Fiscal, Tributária e Política, já não cabe outro tratamento que não seja cirúrgico. Todavia, pelo estado avançado da doença, os cortes precisam ser muito fundos e certeiros. Caso contrário, outros tecidos ficarão seriamente comprometidos.
BOM SENSO
Assim como os médicos são consultados para fazer diagnóstico de doenças humanas, suas causas e suas possíveis curas, os economistas e pessoas de bom senso em administração precisam ser ouvidas para diagnosticar e tratar, urgentemente, dos problemas que prejudicam a saúde econômica de um país.
TUMORES CORPORATIVOS
Repito: o Brasil, como se sabe, está com o corpo minado de tumores de vários tipos. Os corporativos, entretanto, agem de forma mais aguda, destruindo brutalmente o tecido produtivo e acabando de vez com a competitividade.
PADECIMENTO
De forma totalmente equivocada e maldosa, os governos não param de aumentar impostos. Quanto mais tributos são criados e/ou aumentados, mais a doença se agrava. Com um detalhe: o padecimento do Brasil significa a morte do tecido produtivo que vai ficar sem sangue e oxigênio.