RECEITUÁRIO
Pelo que dizem os noticiários, não são poucos os palestrantes estrangeiros, com formação em economia, que ultimamente vem se apresentando em várias capitais do país para dizer como vêem a economia mundial e de que forma o Brasil aparece no cenário.
PALESTRAS
Pois, até o presente momento, das palestras que participei como ouvinte, e daquelas que fui buscar informações através dos mais variados canais de comunicação, quase tudo que os economistas disseram o Ponto Crítico já abordou e comentou.
ATLETA BRASIL
Ou seja, por mais que o mar brasileiro esteja menos turbulento para a prática do surfe econômico, quando enfrentamos os nossos competidores em mar aberto (mercado internacional) fica evidente que a nossa prancha é muito frágil para suportar o elevado peso do ATLETA BRASIL.
DOPADOS
Hoje, todo mundo sabe que o Brasil, ao invés de impor um sério regime para conseguir ser mais competitivo, possibilitando assim a realização de manobras mais radicais, prefere insultar os competidores. Tanto governo quanto os próprios empresários-investidores parecem convencidos de que a vantagem obtida pelos competidores internacionais é fruto do uso de poderosos dopings.
EXORCIZAR OS DEMÔNIOS
Seria ótimo que, depois de ouvir esses economistas de fora assim como aqueles que vivem aqui, o governo se dê conta de que os nossos indicadores de competitividade são muito ruins. O governo brasileiro, além de não exorcizar os nossos inúmeros demônios, tenta convencer a opinião pública que o concorrente internacional é o diabo.
INDICADORES
Todos os indicadores de competitividade são conhecidos, mas mesmo assim é bom repetir: para registrar um novo negócio, o Brasil é o país onde se leva mais tempo. Idem, para regularizar licenças e oferecer o maior número de anos para finalizar um negócio. O pior, no entanto, fica por conta do estapafúrdio número de horas para planejamento fiscal, das excessivas alíquotas de impostos e estúpido custo de exportação. Que tal?
FECHAMENTO DA ECONOMIA
Em síntese: o Custo Brasil é de arrepiar. Como não estamos dispostos a resolver os problemas que afligem a nossa economia, a baixa competitividade vai prosperar. Hoje dependemos desesperadamente da China para vender as nossas commodities. Enquanto isso, o México se dá bem na competição industrial, uma vez que a nossa não consegue competir. Ao invés de fazer as reformas, o governo insulta os competentes estrangeiros e se vinga deles adotando, cada dia mais, medidas de fechamento da nossa economia. Pode?