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27 fev 2007

O BRASIL, O URUGUAI E O MERCOSUL


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TERRITÓRIO PEQUENO
O Uruguai é, infelizmente, um país cujo território tem dimensões muito reduzidas. Não fosse o tamanho, o que limita o número de habitantes, seria a melhor opção para que muita gente se mudasse imediatamente para Montevidéu ou Punta Del Este, principalmente.
ACERTOS IMPORTANTES
Em 2006 escrevi sobre as reformas que foram aprovadas no Uruguai e mais sobre aquelas que deverão ser aprovadas neste ano. Na realidade transcrevi as informações fornecidas pelo ministro das Finanças do Uruguai, cujo PIB cresceu mais de 7% no ano passado. Uma prova clara dos primeiros e importantes acertos do governo Tabaré Vásquez.
ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Volto a repetir o que já escrevi: os cuidados por lá são e continuam grandes e consistentes. Em 2007, pelo que se imagina, o crescimento deve ser muito parecido com o ano anterior, pela forte atração de investimentos que a reforma fiscal e tributária vem oportunizando. Ou seja, tudo aquilo que nós vamos protelando.
FORA MERCOSUL !
Os uruguaios não reclamam dos EUA. Nem da China ou Índia. Estão fazendo, conforme revelação do ministro, a lição de casa para não mais perder as oportunidades. E como o Mercosul vem demonstrando muito claramente ser uma instituição com puros interesses ideológicos, ao invés de comerciais, nem um socialista como Vásquez quer saber do Bloco.
DE MALA E CUIA
A visita de Lula ao Uruguai, ontem, foi uma boa oportunidade para conhecer os novos objetivos do nosso vizinho. E na medida em que as informações forem passadas aos brasileiros tenho certeza que muita gente gostaria de ir definitivamente para lá. É perto e a língua ajuda. O problema, porém, muito sério, é que o Uruguai, pelo seu reduzido tamanho, não suporta um ingresso de 500 mil pessoas.
CONTER O CRESCIMENTO
A grande notícia que afetou o mundo econômico aconteceu durante a noite: a Bolsa de Shangai despencou quase 9%. Fruto de especulações sobre medidas do governo chinês para conter investimentos, como aumento de juro e de impostos. Em outras palavras: o vertiginoso crescimento chinês não pode continuar. E para ser contido não tem como agradar os agentes econômicos do mundo todo.
RISCO
Como se vê, aí não há aviso prévio. Os mercados podem, a qualquer hora, serem atingidos com quedas fortes e impiedosas. Basta uma simples notícia de decisão, ou pretensão, governamental em países de forte presença mundial. Pronto: todos viram vendedores. E no afã de tentar sair dos ativos, muita gente, no entrevero, além de perder dinheiro ainda corre risco de perder a vida no pisoteio. Espero que com isto entendam melhor a política conservadora do nosso BC.