NA ÚLTIMA HORA

Atenção: faltam quatro dias para as eleições, gente. E, da mesma forma como a maioria das pessoas age, deixando tudo para a última hora (como é o caso das compras nas datas festivas e/ou na entrega da declaração do imposto de renda), a lógica diz que, para muitos eleitores, a escolha definitiva dos candidatos só é decidida na hora de sair de casa para votar.

A HORA É AGORA

Admitindo esta probabilidade que faz parte do cotidiano da maioria dos brasileiros, estes últimos dias são importantíssimos para influenciar os eleitores. A hora, portanto, é agora. De hoje até domingo, até o momento de operar a urna.

MAIS ATRASADO

Examinando o desempenho dos candidatos das regiões sudeste-sul do Brasil (RJ, SP, MS, PR, SC e RS), pelas pesquisas de intenção de votos, para governador o único Estado cujos eleitores estão preferindo o PT é o mais atrasado de todos: o RS.

ABSTENÇÕES

Já para presidente, a candidata Dilma leva maior vantagem nestas regiões, mas com diferença pequena o que apontaria para um segundo turno. Só a região Nordeste, onde Dilma está com grande preferência, ainda pode levar a vitória do PT para o primeiro turno. Neste caso, porém, a expectativa é que o número de abstenções possa anular a vantagem atual de Dilma.

EQUIVOCADOS

Diante desse quadro, no que tange ao RS tenho recebido inúmeras mensagens de assinantes que vivem fora do Estado mas que sempre imaginaram, de forma muito equivocada, que o povo gaúcho é politizado, me perguntando quais razões para tanto masoquismo.

DERROTA DO ADVERSÁRIO

Com um certo constrangimento, confesso, tenho reiterado sempre que, lamentavelmente, a vocação dos gaúchos é o sofrimento.Já faz parte da natureza do gaúcho não gostar das coisas certas, de bom gerenciamento, e muito menos do futuro planejado. A lógica que impera no RS é a lógica do Gre-Nal, ou seja: se ganhar é bom, infinitamente melhor é a derrota do adversário. Isto é estimulado diariamente, desde o nascimento, infelizmente.

PARTICIPAÇÃO DO PIB

Este comportamento acirrado não se verifica em outras regiões. Isto explica por que o RS vem diminuindo a sua participação relativa no PIB do país. Nos últimos quarenta anos, por exemplo, a participação caiu de 12% para 6,5%. Como jamais me entrego, e vejo que sempre é possível ser inteligente e vitorioso, volto a insistir: avaliem as razões e votem para o bem do RS. Ajudem a exorcizar esta mania ruim de viver no passado. Com a cabeça no lugar os gaúchos certamente acabarão por constatar que coisas positivas começaram a acontecer na Capital e no Estado. Tanto o ex-prefeito José Fogaça quanto a governadora Yeda, portanto, deveriam ser os preferidos para ocupar o cargo de governador do RS. Ao invés de brigar pelo atraso é preciso pensar um pouco no futuro. É a hora do Noves Fora!