AVALIAÇÃO
Os investidores do mundo todo, finalmente, abriram os olhos. Caiu a ficha, como se diz. Passados cinco anos do estouro da Bolha Imobiliária, que devastou várias economias mundo afora, chegou o momento de avaliar as decisões que tomaram quando apostaram em países emergentes. Notadamente àqueles que não haviam experimentado a destruidora alavancagem.
GRAÇAS AO SISTEMA FINANCEIRO
O Brasil, por encabeçar o bloco do BRIC, assim batizado por seu criador, Jim O?Neill, saiu da sombra e ganhou destaque internacional. Graças, indiscutivelmente, ao nosso SISTEMA FINANCEIRO, o qual havia sido saneado anos atrás, ainda no governo FHC.
DANDO AULAS
A partir de então, o que se viu, de fato, foi uma chuva constante de elogios aos nossos governantes Lula e Dilma, que passaram a viajar pelo mundo todo proferindo aulas e recebendo homenagens, comentários e reportagens a respeito da nossa economia, considerada como altamente promissora.
PAÍS DAS MARAVILHAS
Assim, na medida em que os investidores estrangeiros iam colocando seus dólares no país, o povo brasileiro respondia com um descomunal aumento do índice de popularidade e aprovação dos governantes. O que levou, infelizmente, muita gente a acreditar que o Brasil havia, de fato, se transformado no PAÍS DAS MARAVILHAS.
COLHEITA
Entretanto, ao longo deste ano, de forma indisfarçável (e não foi por falta de aviso deste editor), o Brasil não passou de um triste PAÍS DO FAZ DE CONTA. Como o governo plantou uma mistura de ideologia neocomunista (intervencionismo e nacionalismo) com alta burocracia, elevada carga tributária, mentiras de todo tipo e corrupção a granel, a colheita não poderia ser outra: frustração, desânimo e desilusão. Lamentável.
POTÊNCIA TRIBUTÁRIA
Hoje, o que já se lê nos jornais e revistas estrangeiras, que até pouco tempo atrás dedicavam páginas e páginas informando que o Brasil já alcançara o patamar de potência econômica mundial, é bem diferente. O Brasil, infelizmente, não tem interesse em ser potência econômica. Quer permanecer como POTÊNCIA TRIBUTÁRIA.
QUESTIONÁVEL
Ontem, quem resolveu sair do silêncio foi o próprio Jim ONeill. O presidente do Goldman Sachs Asset Management, criador do termo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), afirmou que a posição do Brasil no grupo pode ser questionada se o crescimento econômico do País não acelerar nos próximos anos.ONeill afirma que para manter esse status o Brasil precisa melhorar sua taxa média de crescimento. Se isso não acontecer, então o poder do B no termo Bric começaria a parecer um pouco questionável.Olhando para o futuro, ONeill acredita que o Brasil deveria lidar com assuntos complicados relacionados com a competitividade doméstica e a produtividade, o que requer REFORMAS no lado da oferta e, provavelmente, menos intervenção do governo.