RELEVÂNCIA
Por óbvio, qualquer um dos 11 ministros do STF pode vir a falecer, independente da forma, motivo e circunstância para tanto. Por se tratar de uma autoridade pública de grande relevância, o espaço que os meios de comunicação reservam para o ocorrido é proporcional à estatura social do falecido.
CASO REAL
Como estamos diante de um caso real, onde o falecido é o ministro-relator da Lava Jato, as circunstâncias que levaram o magistrado a um fim trágico propiciam todos os tipos de especulações, onde APENAS ALGUNS POUCOS aceitam a ideia de que se trata de um mero ACIDENTE, e MUITOS não arredam pé de que se trata de um ASSASSINATO.
QUEIMA DE ARQUIVO
O fato é que o momento que o Brasil vive estimula o cérebro para o convencimento de que a morte de uma autoridade, do tipo que se transformou Teori Zavascki, trata-se de uma QUEIMA DE ARQUIVO. Como o ministro estava lidando, basicamente, com delações de políticos e empresários que podem provocar enormes estragos, a admissão de ASSASSINATO não pode ser vista como absurda.
O MOMENTO É OUTRO
Pois, independente dos motivos que levaram o ministro Teori a falecer no desastre aéreo, não creio que a Lava Jato esteja correndo algum risco. Depois que a operação de combate a Corrupção foi deflagrada pelo juiz Sérgio Moro, o Brasil mudou. A roubalheira, mesmo que nunca termine, já não será tão promissora.
GUERRA PERDIDA
Ainda assim, mesmo considerando que a maioria (ou todos) dos ministros do STF sejam declaradamente simpatizantes da esquerda, seria péssimo para o país se a relatoria da Lava Jato viesse a cair no colo dos ministros Lewandowski ou Toffoli. Aí, com absoluta certeza, podemos considerar que a guerra estará, definitivamente, perdida.
DESASTRE MAIOR
A decisão, como se sabe, está nas mãos e na cabeça da presidente do STF, ministra Carmem Lúcia. Ela deve estar levando em conta, espero, que fazer um novo sorteio para definir o ministro-relator da Lava Jato é correr sério risco de vir a entregar a relatoria para alguém mais comprometido com aquele que o escolheu para ocupar o STF. Seria um desastre maior do que o aéreo, que matou Teori Zavascki.
IVES GANDRA MARTIN FILHO
Pois, independente da relatoria, assim como cada brasileiro tem o direito de apontar ou sugerir nomes para ocupar a vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki, o meu favorito é IVES GANDRA MARTINS FILHO.
Com total convicção afirmo: Ives Gandra Filho é tudo que o STF precisa para ser realmente JUSTO e CONFIÁVEL. Sob todos os aspectos. Tomara que seja o escolhido pelo presidente Temer. Trata-se de alguém de grande relevância.