19 DE FEVEREIRO
Quando a Câmara Federal entrou em recesso, em meados de dezembro, o seu presidente, Rodrigo Maia, garantiu de pés e mãos juntos que hoje, 19 de fevereiro, a embromada e brutalmente mutilada -REFORMA DA PREVIDÊNCIA- começaria, enfim, a ser votada.
MINI REFORMA
Enquanto fiquei contando os dias, me enchendo de expectativa quanto a uma possível aprovação desta peça, que diga-se de passagem, já não passa de uma MINI REFORMA, o governo, com a mesma atenção, contava diariamente os votos necessários (mínimo de 308) para a aprovação.
Entretanto, mesmo sem contar com certeza de ter votos suficientes para a aprovação do -mostrengo-, eis que surgiu a tal de INTERVENÇÃO FEDERAL NO RJ.
EDITORIAL DE 6ª FEIRA
Como os leitores perceberam, no embalo da possibilidade de aprovação da mutilada e modesta Reforma, escrevi o meu editorial de sexta-feira, com o título -CHEGOU A HORA!!, no qual expus, pela enésima vez, o quanto o nosso empobrecido Brasil precisa encarar, de uma vez por todas:
1- a gravíssima INJUSTIÇA SOCIAL que a Previdência Social impõe a maioria dos brasileiros que compõe a nojenta SEGUNDA CLASSE e,
2- o não menos grave problema FISCAL onde a Previdência da turma que ocupa a PRIMEIRA CLASSE é a maior protagonista.
BALDE DE ÁGUA SUPER GELADA
Pois, no exato momento que publicava o editorial saiu a notícia da INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO DE JANEIRO. Foi, confesso, um verdadeiro BALDE DE ÁGUA SUPER GELADA, que além de derrubar por completo a minha expectativa para hoje, 19 de fevereiro, deixou o texto totalmente borrado e inutilizado.
MINI REFORMA SEPULTADA
Com a INTERVENÇÃO, o fato é que a MINI REFORMA resultou sepultada, sem que ninguém saiba se e quando tem alguma chance de ser ressuscitada. Como as opiniões se dividem quanto à eficácia da INTERVENÇÃO, já se sabe que, exitosa ou não, o que se sabe é que o seu CUSTO será muito alto.
DINHEIRO EXTRA
Portanto, gostem ou não, tudo leva a admitir que além do elevado e injusto CUSTO PREVIDENCIÁRIO, cujo DÉFICIT é impagável sem a emissão de dívida pública, a União (leia-se pagadores de impostos) ainda vai precisar emitir muito dinheiro extra para custear a INTERVENÇÃO. Pode?
Para piorar, é preciso que todos levem em conta que sem mudar as leis penais não há intervenção que resolva o problema da criminalidade e da violência. E isto, infelizmente, não aparece no horizonte das preocupações.