EMOÇÃO
O que menos faltou nesta semana cheia de atrações envolvendo políticos, magistrados e delatores foi EMOÇÃO. Foi, sem dúvida, um período onde os protagonistas fizeram de tudo para aparecer, cada um do seu jeito, diante dos holofotes da mídia ensandecida.
INTERVENÇÕES DO STF
Entre tantos acontecimentos, o que mais chamou a atenção diz respeito às reações dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia, que se revoltaram com as intervenções do Poder Judiciário no Poder Legislativo, proporcionadas por decisões tomadas pelos ministros Marco Aurélio Mello e Luiz Fux, do STF.
E O POVO?
O mais interessante é que os líderes destes dois Poderes, assim como seus liderados, jamais se revoltaram contra as costumeiras INTERVENÇÕES que os governantes do nosso país, em todos os níveis, fazem para atrapalhar a vida e as atividades dos brasileiros.
ADESTRAMENTO
Muita gente, infelizmente, não percebe que, da mesma forma como os animais são treinados para executar tarefas impostas pelos seus adestradores, o povo brasileiro é vítima de uma contínua intervenção governamental.
VONTADE DOS REPRESENTANTES
Os interventores, como se percebe, entendem que ninguém tem o direito de intervir nas suas vidas e nas suas decisões. A tarefa de obedecer, passiva e automaticamente, sem reclamar, as INTERVENÇÕES GOVERNAMENTAIS é algo que cabe apenas ao povo, que é educado (ou treinado) para CUMPRIR as vontades emanadas pelos seus representantes.
NEGOCIAÇÃO X LEGISLAÇÃO
Vejam que tudo aquilo que deveria ser resolvido pela via da negociação (mercado), os governantes resolvem pela via da legislação. Como o povo já está adestrado para não discutir, muitas vezes até pede mais INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL.
MALAS EM AERONAVES
O exemplo mais recente diz respeito à questão da -possível- cobrança por malas nas viagens aéreas. Ao invés de deixar esta tarefa para o mercado resolver, através da negociação e da concorrência, o governo, a pedido do povo adestrado, resolveu INTERVIR.
Com esta nova e desastrada INTERVENÇÃO, o resultado é triste, como sempre: Observem o caso de um passageiro que tem apenas uma sacola. Ao invés de poder ganhar um desconto pela economia que proporciona a empresa aérea, será obrigado a pagar a conta de outros passageiros que possuem várias malas, que certamente impõe custos maiores para serem despachadas. Pode?