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01 fev 2007

NACIONALIZAR É ESTATIZAR


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SENTIMENTO ANTIGO
Um sentimento bastante antigo, mas que está voltando a tomar conta da nova América Bolivariana, com o aumento da liderança de Hugo Chávez e seguida, naturalmente, pelos demais governantes social-comunistas latinos, é a nacionalização de empresas. Na realidade não se trata só de nacionalizar, mas de estatizar empresas pela via da expropriação, com indenização irrisória aos investidores, quando isto ainda acontece.
NACIONALIZAÇÃO
Nas felizes economias livres as empresas se estabelecem sem qualquer problema de origem de capital. O importante é que façam produtos, paguem os impostos e desenvolvam atividades que movimentem o mercado. Nacionalizar empresas significa espantar investidores privados, o que impede o avanço tecnológico e a existência de mais concorrência. Por isto, só o fato de nacionalizar já é uma má decisão. Muito infeliz.
ESTATIZAÇÃO
Já a estatização de empresas, também muito nociva, não consegue ser pior. É igualmente má e triste para a economia de qualquer país. Junto com a nacionalização impede novos investimentos. O caminho aí é sempre o mesmo: do atraso e do subdesenvolvimento. Pois é exatamente isto que está voltando à moda na nossa América pobre por opção. Por enquanto, em alguns países. Mas deverá se espalhar. E o Brasil pode estar com o mesmo propósito. Tem gente que gostaria de ver, como se observa, a volta da Vale do Rio Doce e outras empresas para as mãos do Estado.
NÃO PODE. PRONTO!
Em países que adoram a existência de empresas estatais, monopolistas, caso apareça alguém que queira fazer algum produto ou prestar serviço com mais eficiência, com melhor preço e mais ao gosto dos consumidores, simplesmente não pode. Pronto. O Estado não deixa. Não permite que alguém faça. Só ele tem este direito, apesar de sempre fazer mal e ruim. E tem gente que gosta.
A PROPÓSITO
Um leitor que atua no setor de turismo, bastante atento, pergunta: por que será que o Governo Federal nunca fala em privatizar (ou fechar) a BBTur? Não há notícia de que exista agência de viagens controlada por banco estatal federal em lugar nenhum do mundo. Nem em Cuba tem uma anomalia dessas. Será que a União não tem coisa melhor pra fazer do que emitir bilhetes aéreos, vender cruzeiros marítimos e pacotes de viagem? Agência de viagens é atividade típica da iniciativa privada. Até na China.
PARA BAIXO DO TAPETE
A notícia dada pelo governo Lula, ontem, sobre a utilização de uma nova fórmula para reduzir o déficit da previdência, com a utilização da CPMF, foi fantasticamente ridícula. Idiota, melhor dizendo. Como se a simples utilização de um recurso já existente fizesse com que a despesa ficasse menor. Ou que a Previdência não mais precise ser reformada. Quem aceita esta alquimia é tão medíocre quanto a proposta do governo.