ARARA

A presidente Dilma Rousseff está uma verdadeira arara com o caso da espionagem americana. A irritação é tanta que a presidente está disposta a cancelar a viagem aos EUA, a qual já estava agendada para outubro.

PERDA IRREPARÁVEL

Peço, encarecidamente, que Dilma não tome tal decisão, pois certamente deixaria os americanos muito frustrados. Até porque tanto os EUA quanto o mundo todo perderiam muito, caso a presidente resolva não mais fazer a visita programada.

DESVIO DE ATENÇÃO

Bem, mas deixando de lado as ironias, o fato é que as caras e bocas cheias de espanto, mostradas pela presidente Dilma e seus ministros (da Justiça, José Eduardo Cardozo e pelo novo ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado), serviram para desviar a atenção do quanto o Brasil é zero em contra-espionagem.

DELAÇÃO

O pior de tudo, coisa que só poucos perceberam, é que a notícia da espionagem só chegou ao conhecimento do governo (e do público em geral) depois das revelações feitas, em junho, por Edward Snowden, o americano que decidiu delatar as operações de vigilância de comunicações realizadas pela NSA dentro e fora dos Estados Unidos. Ou seja, face à inexistência da contra-espionagem, ninguém sabia de coisa alguma por aqui.

GUERRA?

Pelo que vi, li e ouvi até o momento, o governo Dilma quer que o governo Obama dê todas as explicações sobre os atos de espionagem. Como é inegável a existência das ações bisbilhoteiras, o que mais quero saber é o que Dilma fará depois das confirmações oficiais. Vai declarar guerra aos EUA?

FORO DE SÃO PAULO

Considerando que só existe espionagem de um país quando há interesse em saber como pensam, agem e pretendem seus governantes, é de se imaginar que o governo americano está de olhos bem abertos para as ações propostas pelos líderes latinos, membros do Foro de São Paulo. Só pode...

PELA MÍDIA

O mais curioso nisto tudo é que Dilma e sua equipe só vieram a mostrar fúria depois que o programa Fantástico, da TV Globo, do último domingo, mostrou uma reportagem sobre o assunto. Fica a impressão, ou a certeza, de que o governo só fica sabendo das coisas pela mídia. Pode?