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18 ago 2010

MODELO MERCANTILISTA


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O ULTRANACIONALISTA
Nesta semana, o presidente da FIESP, Benjamim Steinbruch, vestindo o seu terno tipicamente nacionalista, cujo tecido revela cores que definem o seu gosto pelo mais puro mercantilismo, fez uma declaração lamentável.
DECLARAÇÃO LAMENTÁVEL
Em tese, Steinbruch defendeu que o Brasil deve seguir o exemplo da China. Para tanto deve brecar as importações por um certo prazo até que se possa desenvolver tecnologia própria.
REPRESENTANTE EMPRESARIAL
Como o líder empresarial fala em nome da entidade e, por consequência, em nome da maioria dos empresários paulistas, a revelação prova: 1- o quanto o Brasil está longe do capitalismo; e, 2- o quanto estamos cada vez mais inseridos no socialismo.
REFORMAS
Ora, a tecnologia pode e deve avançar independente das importações, gente. O que o Brasil precisa, na verdade, para conquistar a importante competitividade internacional, que se encontra altamente comprometida, passa pela realização das reformas previdenciária, trabalhista, fiscal e tributária.
SOCIALISMO PREFERIDO
Aí está o nó górdio das nossas dificuldades, que infelizmente o líder empresarial silenciou. Declarações do tipo que o presidente da FIESP emitiu fazem com que muita gente deteste o capitalismo. E, por consequência, dê preferência ao socialismo.
MESMA COISA
A verdade, nua e crua, é que o capitalismo ainda não foi experimentado no Brasil. Desde o tempo do Império, só o mercantilismo teve vez por aqui. Como a sociedade brasileira não sabe diferenciar capitalismo do mercantilismo imagina que se trata da mesma coisa.
TRAVESTIDO
Diante desta triste realidade, por não suportar este conchavo (governo e empresários) e acreditar que isto é capitalismo, o que o povo mais quer é cair fora desse mau sistema. Pelas pesquisas eleitorais, o povo mostra claramente o quanto está preferindo o socialismo. Este sistema passou a ser um instrumento de defesa contra as maldades do mercantilismo, até hoje travestido de capitalismo.