A FRAUDE NA PETROBRÁS
Existem mais de mil razões para ser favorável às privatizações. Creio que, ao longo dos anos que atuo na área da comunicação, muitas delas foram por mim apontadas. E todas sem qualquer possibilidade de contestação, a não ser aquelas cujos conteúdos são meramente ideológicos.
ESQUEMA
A notícia divulgada ontem, de que o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 26 pessoas suspeitas de envolvimento num esquema de fraudes em licitações da Petrobrás, mais me enche de razão e me faz, mais uma vez, escrever sobre as vantagens em privatizar tudo que for possível.
NADA MUDA
Vejam: embora os envolvidos nas fraudes devam responder, de acordo com a participação de cada um, pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, falsidade documental e estelionato, a empresa continua prejudicada. O dinheiro roubado não volta, os funcionários, embora afastados não são demitidos e tudo continua igual como já aconteceu anteriormente.
RAZÕES JÁ APONTADAS
Aproveitando, portanto, mais esta crise muito repetitiva, volto a expor algumas boas razões, todas já apontadas anteriormente. Observem e, por favor, tentem me contestar: 1- Nas empresas privadas, quando uma fraude acontece, quem sai prejudicado é o acionista. Nas empresas públicas é o contribuinte, ou seja, todos os cidadãos;2- Nas empresas privadas a área de recrutamento de pessoal existe para contratar os melhores para o desempenho das atividades sempre muito competitivas. Nas empresas públicas a contratação é feita: 1- por concursos públicos (que só identifica o quociente de inteligência do candidato, mas nunca consegue identificar o quociente de produtividade do mesmo); 2- por definição política (onde a questão técnica é totalmente desconsiderada); e, 3- por indicação de pessoas ligadas ao governo, para ocuparem os perigosos CCs;
COMPARAÇÕES
3- As empresas privadas podem escolher o caminho da Governança Corporativa. As empresas públicas só podem esperar o resultado das eleições para que seja definido como será feita a administração das mesmas mais adiante;4- As fraudes apuradas nas empresas privadas são, geralmente, de curta duração. As decisões do dono ou controlador tratam de minimizar as conseqüências ruins e novos controles tratam de prever melhor as crises. Já nas empresas públicas tudo é demorado e dificilmente empregado é demitido. O representante dos donos (cidadãos-contribuintes) jamais toma decisões drásticas;
OUTRAS
5- A publicidade dos produtos da empresas privadas é, geralmente, medida pelo retorno das vendas e da institucionalização da imagem. No caso da publicidade das empresas públicas a decisão só tem como objetivo ajudar os amigos e aduladores; 6- As empresas privadas, como se sabe, não fazem licitações. Fazem negociações. Já as empresas públicas, além de serem obrigadas a licitar tudo, acabam por oportunizar fraudes por parte de quem quer vencer as licitações. Isto sem falar na demora que a burocracia impõe para as compras.
E OUTRAS
7- Quem manda nas empresas privadas são os acionistas controladores. Nas empresas púbicas os funcionários mandam e desmandam através das corporações. Gostaria muito que estas breves justificativas fossem mais do que suficientes para que todos os brasileiros viessem a público defendendo as privatizações. Mas, infelizmente não é nada disto. Só os gaúchos, como mostram as mais recentes pesquisas, adoram empresas estatais. Mais de 85% daqueles que vivem no RS não querem saber de privatizar coisa alguma. Além de tudo, como se vê, os gaúchos, além de mostrarem vocação para o sado-masoquismo, ainda têm baixo discernimento. O curioso é que mesmo assim o gaúcho ainda posa de muito politizado. Onde?
AQUISIÇÃO GERDAU
A Gerdau Ameristeel Corporation (NYSE: GNA; TSX: GNA) anunciou, ontem, a assinatura de acordo definitivo para a aquisição da siderúrgica Chaparral Steel Company, por US$ 86,00 por ação. O Conselho de Administração da Chaparral Steel Company aprovou por unanimidade a transação e deverá recomendar aos acionistas da empresa que votem a favor da oferta. O preço de oferta avalia os ativos da Chaparral Steel Company em US$ 4,22 bilhões.
MOVIMENTO NACIONAL
Mais de 200 entidades da sociedade civil lançam no próximo dia 18, o - Movimento Nacional Contra o Calote Público- , uma mobilização para impedir a aprovação de mudanças como o limite anual e o leilão reverso na questão do pagamento de precatórios pela União, Estados e Municípios. As alterações estão contidas na Proposta de Emenda Constitucional número 12/2006 (PEC 12/06), de autoria do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que encampou proposta do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim.
COFINS
A publicação no Diário Oficial foi a comprovação de que o Sistema Fecomércio-RS conquistou ontem, 10, o direito ao não-pagamento da Cofins sobre receitas financeiras. A decisão foi validada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Na prática, segundo o consultor tributário da Fecomércio-RS, Rafael Pandolfo, e responsável pela medida judicial, a vitória consolida um importante precedente contra a equivocada restrição aplicada pela Receita Federal à isenção prevista no art. 14, da Medida Provisória 2158- 35.
PÓS
A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-RS) lança amanhã, 12, em Porto Alegre (RS), o curso de pós-graduação em Relações Internacionais. O evento contará com a presença do diplomata e ex-ministro das Relações Internacionais Luiz Felipe Lampreia, que fará, às 9h, no auditório da ESPM, no prédio III (Rua Guilherme Schell, 268), a palestra: O neopopulismo e o seu impacto na América do Sul.
CHEF MEETING
Mauro Souza, do Sheraton Porto Alegre, e outros 60 chefs dos hotéis que integram a poderosa rede Starwood, desembarcam amanhã, 12, em Buenos Aires para o Chef Metting 2007. Os gourmets se reúnem na capital argentina para trocar experiências sobre as tendências da gastronomia internacional e apresentar as suas últimas criações.