O GRANDE ASSUNTO
Nos últimos dias, o assunto mais comentado nos quatro cantos do país diz respeito aos resultados -praticamente -IDÊNTICOS- fornecidos por -UM, DOIS, TRÊS-, institutos de pesquisas - QUAEST, ATLASINTEL E IPEC- apontando para uma BRUTAL QUEDA DE POPULARIDADE do presidente Lula. Ainda assim, o que mais chamou a atenção é que esses institutos eram vistos pela sociedade em geral como -SIMPÁTICOS AO GOVERNO E À MÍDIA TRADICIONAL-, e como tal não raro eram taxados de -MANIPULADORES dos RESULTADOS DAS PESQUISAS-.
DERRETIMENTO
O FATO é que diante do extraordinário DERRETIMENTO DA POPULARIDADE DE LULA E DE SEU PÉSSIMO GOVERNO, nem mesmo qualquer sentimento de SIMPATIA é capaz de se impor à NUA E CRUA REALIDADE. A única dúvida que ainda paira no AR DA SENSATEZ CRESCENTE E/OU RENOVADA é que ainda há inúmeros brasileiros que acreditam piamente que mais dia menos dia Lula entregará, com juros e correção, tudo aquilo que prometeu durante a campanha eleitoral.
DATAFOLHA
Pois, para os mais resistentes, do tipo que não dão o devido crédito aos resultados apontados pelas pesquisas dos três Institutos - QUAEST, ATLASINTEL E IPEC-, sugiro que olhem com atenção ao que diz a pesquisa DATAFOLHA que foi divulgada na sexta-feira (14). Se a situação de Lula já era considerada, com sobra, como PÉSSIMA, o índice de APROVAÇÃO apontado pela DATAFOLHA, na ordem de insignificantes 24% dá a dimensão correta do DERRETIMENTO. A queda de popularidade, que caiu nada mais nada menos do que 11 pontos percentuais em dois meses, é algo inédito. Que tal?
OITO PONTOS
Em tese, como aponta o site da Exame, OITO PONTOS explicam a queda de popularidade do Lula:
1. O eleitor esperava mais do governo: Na avaliação dos auxiliares de Lula, ressuscitar os velhos programas não traz resultado positivo porque, no inconsciente popular, eles passaram a ser obrigação.
2. Crises do Pix e do preço dos alimentos: a repercussão negativa das crises do Pix e do aumento do preço dos alimentos foi colocada na conta de Lula pela opinião popular. O aumento do nível de emprego também não significou melhores salários. A criação de postos de trabalho se concentra em vagas de salário-mínimo -- e quem ganha menos gasta mais na proporção de sua renda para comer.
3. Insatisfação da classe média: assim como os mais pobres, a classe média não tem percebido uma melhora econômica e também é afetada pela inflação, que reduz o poder de compra. O excesso de medidas para ampliar a arrecadação do governo também preocupa a classe média, na avaliação de auxiliares do presidente. O temor de taxação do Pix é um exemplo que sintetiza esse sentimento, apontam. Além do custo dos alimentos, os preços dos combustíveis pesam na avaliação negativa desse extrato populacional.
4. A comunicação ruim do governo: a avaliação entre auxiliares de Lula é de que o presidente mantém o discurso de fomentar o antagonismo entre o patrão e o trabalhador, enquanto o brasileiro passou a ter outros anseios.
5. O governo perde de goleada nas redes sociais: enquanto a direita dominou as redes sociais, o governo não sabe como navegar nesse "mar digital". A falta de estratégia e coordenação das diversas áreas leva a ações fragmentadas e sem forças para dialogar com o público que está nas redes sociais.
6. A relação de Lula com a classe política piorou: entre os assessores do presidente, a avaliação é de que Lula não evoluiu e acha que pode fazer política como nos dois primeiros mandatos, quando a liberação de emendas garantia a votação das pautas de interesse do governo. Além disso, o petista não tem se reunido com deputados e senadores na mesma intensidade com que fazia nos mandatos anteriores.
7. Ministros palacianos enfraquecidos: para assessores de Lula, falta no Palácio do Planalto alguém que tenha proximidade com o presidente para dizer "algumas verdades" a ele como faziam José Dirceu, Luiz Gushiken, José Genoíno ou Antonio Palocci em seus outros mandatos.
8. A equipe de ministros é fraca: Com exceção do ministro dos Transportes, Renan Filho, considerado um "tocador" de obras, e do ministro da Educação, Camilo Santana, que criou o programa pé de meia, a avaliação é de que a equipe de ministros não entrega resultados satisfatórios para alavancar a popularidade de Lula.