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07 jun 2017

JEITO EXCLUSIVO


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O BRASIL TEM JEITO?

Ontem, um leitor assíduo da minha webletter,  demonstrando enorme preocupação com a total paralisação dos seus negócios, me procurou para ouvir o que tinha a dizer sobre os destinos do nosso pobre país. Sem ser minimamente original desde logo fez a velha pergunta que muitos fazem a todo o momento:  - O BRASIL TEM JEITO?


JEITO É POSTURA, PROPÓSITO

Pois, como de costume, ou seja, totalmente descomprometido como o sempre enganoso -politicamente correto- respondi à indagação do preocupado leitor dizendo que JEITO significa posição, postura, propósito, aptidão, destreza.  Nada tem a ver, portanto, com MILAGRE.


MEDIOCRIDADE

O fato é que pela forma como a nossa Carta Constitucional foi escrita, conferindo absurdos -poderes- e fantásticos -direitos- àqueles que fazem parte do ineficiente setor público, o Brasil, infelizmente para quem  exerce atividade no setor privado só tem jeito para a MEDIOCRIDADE. 


INCONTESTÁVEIS

Imaginando que o leitor gostaria de ouvir/ler uma resposta mais estimulante, carregada de otimismo, tratei de corroborar a minha convicção com alguns exemplos bem atuais, que não têm como ser contestados porque são embasados em números oficiais muito claros:


EXEMPLOS ATUALÍSSIMOS

1- Só existe desemprego no setor privado (14 milhões). No setor público, além de não haver uma única demissão, todos se aposentam com altos privilégios que não chegam ao setor privado.

2- Como se não bastasse o elevado custo dos privilégios, que são pagos integralmente por aqueles que produzem alguma coisa (setor privado) a nobreza ainda exige tratamento estupidamente diferenciado.


TETO SALARIAL

Para oferecer uma forma definitiva de convencimento repassei a seguinte informação:

Ontem, 06, a Justiça determinou que a prefeitura de Porto Alegre deixe de aplicar o teto salarial estabelecido por Nelson Marchezan para os procuradores do município. Na decisão liminar de 24 de maio, o juiz José Antônio Coitinho, da 2ª Vara da Fazenda Pública da Capital, afirma que a medida estabelecida pelo chefe do Executivo "assentou-se em análise incompleta dos devidos dispositivos legais".


MUNDO POSSÍVEL PARA QUEM?

Esclarecendo: na edição de 31 de março do Diário Oficial, a prefeitura de Porto Alegre publicou um decreto fixando o limite para os vencimentos dos servidores municipais em R$ 19.477,40, mesmo valor recebido pelo prefeito. Pois, como vivessem em -outro mundo possível-, a Associação dos Procuradores do Município de Porto Alegre (APMPA) ajuizou uma ação argumentando que "o teto remuneratório dos procuradores é baseado nos vencimentos dos desembargadores, conforme a Constituição Federal". A entidade se refere ao artigo 37 da Carta, que no inciso XI afirma que se aplica aos membros do Ministério Público, aos procuradores e aos defensores públicos o subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça — hoje, em R$ 30.471,11.


JEITO EXCLUSIVO

Fica claro assim, ou é preciso desenhar? O Brasil das Corporações tem  JEITO EXCLUSIVO. Que tal?