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18 jul 2007

IRRESPONSÁVEIS


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LUTO
Hoje é um dia muito difícil para escrever. Uma tragédia como a que aconteceu ontem, com o avião da TAM, abala, tira o ânimo e entristece qualquer ser humano. Antes de tudo, portanto, de luto e com tristeza manifesto aqui o meu pesar a todos aqueles que perderam parentes e amigos no grave acidente aéreo.
DECLARAÇÕES IMPENSADAS
A sociedade como um todo, tão logo começou a receber a trágica notícia, mesmo sem saber os reais motivos que levaram a aeronave ao desastre, já começaram a se manifestar. E, nestas ocasiões, como estamos assistindo, é muito comum ouvir declarações impensadas e confusas daquelas pessoas mais atingidas.
DESCONTO
É importante, pois, que diante de tantas interpretações e explicações dos mais diversos entrevistados, seja dado o devido desconto pelo sentimento de indignação e de revolta que as lamentáveis perdas humanas sempre provocam nesta hora.
OBJETIVO
Como esta e-opinion existe com o objetivo de sempre provocar os assuntos que nos atinge no dia a dia, me proponho a fazer algumas considerações procurando não misturá-las com o meu grande pesar pela perda de vários amigos e conhecidos na tragédia:
CONSIDERAÇÕES
1- Não é possível afirmar que só a pista do aeroporto de Congonhas foi a única responsável pelo acidente;2- A aeronave da TAM era nova e com muita tecnologia embarcada, o que pode ter concedido ao piloto a certeza de que a aterrissagem não ofereceria risco ao pousar;3- Os pilotos não são obrigados a cometer atos de risco excessivo. Sendo admitidos como capazes e conhecedores das condições das pistas dos aeroportos, podem e até devem se negar a fazer manobras malucas e arriscadas quando assim entenderem;
CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO
4- Dizer, portanto, neste momento, que a pista do Congonhas não estava pronta e adequada para pouso em dias de chuva, pelo risco de aquaplanagem, é algo que não entendo. Afinal, os pilotos, que são os operadores das aeronaves não sabem disto? Como estou convencido de que os pilotos sabem muito bem disto, só os muito loucos e irresponsáveis se obrigam a pousar com tempo chuvoso em pistas sem condições;
CHOVER NO MOLHADO
5- Dizer, enfim, que este governo é incompetente e irresponsável é simplesmente chover no molhado. Todos nós sabemos disto muito bem. Portanto, por saber da incapacidade geral do governo para tudo, e do risco que oferecem a todos os brasileiros com suas atitudes idiotas, não há razão para esperar uma tragédia para culpar o governo. O governo é culpado antes de qualquer acontecimento, principalmente pelas escolhas que faz para os cargos públicos.Com toda a certeza também não posso atribuir o acidente de ontem, e os quase acidentes anteriores, à chuva. Afinal, chuva é coisa que acontece praticamente todos os dias em São Paulo. Da minha parte, antes de fazer qualquer desabafo prefiro aguardar o que dirá a perícia. Espero, no entanto, que neste ínterim, os pilotos se recusem a pousar em pistas sem condições de segurança. Deixem de todas as formas de oferecer riscos indesejáveis como se comportassem como muitos motoqueiros no trânsito.
LEVA TUDO
Devido ao trágico acidente aéreo, ocorrido ontem, com o vôo JJ3054 da TAM, e a comoção das famílias gaúchas, o presidente da CDL de Porto Alegre, Vilson Noer, determinou o adiamento da coletiva da quinta edição do Leva Tudo Porto Alegre para sexta-feira (20/7), às 10h30min, na sede da entidade (Rua Senhor dos Passos, 235/ 1º andar).
TÁ NA MESA
A reunião-almoço Tá na Mesa da Federasul de hoje, que teria presença do presidente da Oracle Brasil, Silvio Genesini, foi cancelada em função do acidente com o avião da TAM e o fechamento do Aeroporto de Congonhas ontem à noite, que impediram o seu embarque.
SINPLAST
A 3ª Reunião-Almoço 2007 do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS (Sinplast), agendada para HOJE (18/07), às 12h, na Fiergs, foi cancelada em função dos falecimentos decorrentes do acidente com o vôo da TAM, ocorrido nesta terça-feira, em São Paulo.
LUTO
Consternado pela tragédia do vôo 3054 da TAM, que matou 180 pessoas no início da noite de ontem, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o prefeito José Fogaça decreta luto oficial de três dias na cidade.