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03 jun 2009

GRAU DE ENDIVIDAMENTO


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TAMANHO DA CRISE
A brutal elevação do endividamento público dos principais países desenvolvidos mostra, com bastante clareza, o tamanho da crise de crédito que o mundo viveu e ainda está vivendo.
FORMA ADOTADA
Para tentar aplacar os efeitos da espantosa dificuldade de caixa das inúmeras instituições bancárias mundo afora, a forma rápida e eficiente adotada pelos governos do Japão, Alemanha, Reino Unido e EUA foi uma pesada emissão de títulos públicos.
EFEITO COMPARATIVO
Hoje, depois de passado o pior momento da crise e conhecido o tamanho do endividamento público desses países, em relação ao PIB, e fazendo também uma comparação com o Brasil, a nossa situação está confortável. Mesmo considerando que a nossa dívida pública ainda é elevada.
DÍVIDA/ PIB
Se a nossa situação melhorou pouco, a fantástica piora dos países de primeiro mundo está fazendo a grande diferença. Confira isto pelo percentual atual das dívidas públicas dos seguintes governos/PIB: EUA = 73%; Japão = 200%; Alemanha = 65% e Reino Unido = 57%. Já o Brasil apresenta dívida de 40% sobre o PIB.
DOIS FATORES
Dois fatores influem muito na formação do Risco-País: o grau de endividamento e o volume de reservas cambiais. Nesses quesitos estamos bem melhor, comparativamente. No período mais crítico da crise as nossas reservas não recuaram e nossa dívida pública permaneceu praticamente estável.
OPÇÃO PELO BRASIL
Daí é possível entender este súbito e enorme interesse dos estrangeiros em desviar mais recursos para o Brasil, o que está provocando esta forte apreciação do real. Por consequência, também uma apreciável redução do nosso risco-país.
PERGUNTA
Você compraria um imóvel de uma construtora que está em situação concordatária? Não tem o receio de que a garantia pode ir pro brejo? Pois é. Da mesma forma faço outra pergunta usando a mesma lógica: você compraria um veículo de uma montadora em concordata e cujo destino é incerto? É bom pensar nisto. Eu não.