EDITORIAL DE ONTEM
Como o editorial de ontem foi alvo de comentários de inúmeros leitores/assinantes resolvi voltar ao tema. Principalmente para provar que, efetivamente, o RS se transformou no Estado-Sede do Laboratório de Experiências Petistas, cujo propósito, jamais escondido pela ala mais radical do PT, era de dar início à Transição para o Comunismo.
VADE MECUM
Para quem não sabe, ou não deu a devida importância à época, a obra escolhida pelos radicais-petistas foi -Cadernos do Cárcere- de Antonio Gramsci, que não por outra razão acabou se transformando no -Vade Mecum-, discutido, aprovado e utilizado pelos integrantes do Foro de São Paulo para ser aplicado em todos os países-membros.
FESTA
E, como manda o Livro-Texto do PT gaúcho, a retomada aconteceu com muita festa. Contou, inclusive, com os aplausos dos sempre equivocados gaúchos, que fazem de tudo para não raciocinar, infelizmente. Inclui-se aí, lamentavelmente, a grande imprensa do RS, que não se interessou em esclarecer o tema.
BRITTO É O PEDÁGIO E OLÍVIO O CAMINHO
Primeiramente é preciso recordar que desde o primeiro governo do PT no RS, o então governador, Olívio Dutra, declarou -alto e bom som- que o pedágio era absolutamente incabível. Disse mais: o ex-governador Britto era o Pedágio e ele, (Olívio) era o caminho. O fato é que o ex-governador Britto, diante da absoluta falta de recursos no caixa do Tesouro do Estado, resolveu VENDER o direito de manutenção de algumas estradas do RS (através, portanto, de CONCESSÃO ONEROSA). Assim, o edital de licitação admitia, obviamente, que o MONTANTE PAGO PELA CONCESSÃO seria RESSARCIDO, via tarifa dos pedágios, ao longo do período contratual (15 anos).
TAXA DE RETORNO
Assim, os ônus pagos pelos vencedores das licitações, que ajudaram nas finanças do Estado do RS, foram levados em conta na formação da Taxa de Retorno do Investimento.Ora, como os contratos venceram no dia 31/12/2013, e o governo atual é do PT, o que deveria acontecer, à luz daquilo que foi apregoado no governo Olívio, seria a definitiva suspensão da cobrança dos pedágios, não?
MANTER A COBRANÇA DE FORMA ABSURDA
Pois, o que realmente aconteceu foi ainda pior: o governador Tarso Genro, além de manter a cobrança dos pedágios resolveu tungar ainda mais o bolso dos usuários e recebeu aplausos dos incautos.Explico: como o ônus, representado pelo valor da COMPRA do direito da concessão, não mais existe (ele foi calculado para ser retornado até o último dia do contrato - 31/12/2013), esta parcela deveria, no mínimo, ser subtraída do valor da tarifa. Mais: como aumentou significativamente o número de veículos nas estradas nesses últimos 15 anos, o novo concessionário deveria levar em conta este fator para definir o novo valor.
OS BOBOS DE TARSO
Este novo valor da tarifa, no entanto, só seria possível ser conhecido através de uma nova licitação, NÃO ONEROSA, nos mesmos moldes, aliás, que o governo federal está fazendo. Ou seja, só através de um leilão é possível saber quanto alguém está disposto a receber para prestar o SERVIÇO definido pelo dono da rodovia (governo). Vejam que não cabe, jamais, o uso da palavra PRIVATIZAÇÃO, uma vez que a estrada continua sendo, exclusivamente, do Estado.Pois, o governador Tarso, ao reduzir o valor dos pedágios enganou os bobos que imaginaram que um valor menor basta e, por isto, é justo. Tenho absoluta certeza de que se fosse feita uma licitação, várias empresas apresentariam valores bem mais baixos do que a EGR resolveu cobrar a partir de 06/01/2014.