PAPEL DE BOBO
Como os brasileiros são educados para cumprir e desempenhar o papel de bobo, por óbvio não seria nos Free Shops, ou lojas Tax Free, que existem nos aeroportos internacionais do Brasil que viriam a ser tratados de forma diferente.
CARGA TRIBUTÁRIA
Diante das facilidades que se oferecem para fazer viagens ao exterior, os brasileiros que já experimentaram este prazer têm noção do quanto é elevada a nossa carga tributária. Sabendo disso, quando informados de que alguma mercadoria estrangeira pode ser adquirida, aqui no Brasil, com isenção de impostos, suas veias de consumo ficam estimuladas.
SEM CONCORRÊNCIA
É aí, gente, que mora a inocência. Nos aeroportos brasileiros, os donos dos Free Shops do Brasil fazem os consumidores acreditarem que estão fazendo um grande negócio quando compram nos seus estabelecimentos. Como não têm concorrência, aumentam descaradamente o preço das mercadorias quase que na mesma proporção da redução do valor do imposto.
GANÂNCIA EXPLÍCITA
De novo: como os Free Shops não têm concorrentes, fica ao gosto do dono do negócio a colocação do preço que bem entender nas mercadorias ofertadas. Com isso, o consumidor, ao se livrar da ganância tributária, mal sabe que está se submetendo à ganância do empreendedor monopolista.
EUA E EUROPA
A confirmação dessa prática pode ser conferida, claramente, tanto nos Free Shops de aeroportos de outros países quanto nas lojas de rua, onde o imposto é cobrado. Na maioria das lojas americanas e europeias, por exemplo, (nem estou, portanto, comparando com lojas Tax Free), inúmeros produtos têm preços inferiores aos praticados nos nossos Free Shops.
TRAUMA
Como se vê, o trauma dos IMPOSTOS ELEVADOS faz com que a existência dos Tax Free seja suficiente para deixar os consumidores brasileiros em Pé de Compra. Ou seja: aqui, produto isento de impostos só livra o consumidor de ser bobo do governo. Por falta de concorrência se tornam bobos dos donos dos Free Shops. Isto, para que fique bem entendido, se resolverem consumir nos seus estabelecimentos.
CONSELHO
Portanto, o que resta é aconselhar: para diminuir o tamanho da babaquice, que já faz parte do DNA do brasileiro, o negócio é comprar o que se pode, tem direito e vontade, nos aeroportos do exterior, na hora do embarque para o Brasil. De novo: comprar aqui é fria.