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21 ago 2017

FIM DE SEMANA EM CUBA


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CURIOSIDADE

Aproveitando a minha estada em Ft. Lauderdale, Flórida, resolvi passar o final de semana em Havana, a pobre capital da Ilha do Dr. Castro. Como a distância é relativamente pequena preferi fazer a viagem por via marítima, num pequeno, mas confortável navio.
 


CONFERIR

O que me levou a voltar a Cuba, depois de 15 ou 16 anos quando lá estive pela primeira vez, foi a curiosidade. Queria ver, sentir e conferir de perto, na minha ótica, o que mudou nesse período na bela Ilha do Caribe, destroçada intencionalmente pelo comunismo liderado pelos irmãos Castro.
 


RECEPÇÃO

O navio aportou em Havana, em frente a Plaza de San Francisco, pontualmente às 7 horas da cálida manhã de sábado, onde vários cubanos, cheios de expectativa de obter uma boa féria, já estavam a postos para recepcionar os quase 2000 turistas ávidos por conhecer Cuba. 


BOTES SALVA-VIDAS

Por ter sido um dos últimos a deixar a embarcação percebi, ao descer, que todos botes salva-vidas, que ficam nas laterais do navio, haviam sido baixados e estavam fazendo manobras em torno. Por curiosidade perguntei ao oficial se era algum treinamento. Em em voz baixa ele respondeu: aqui é preciso ficar atento para evitar que algum cubano venha a escalar o casco do navio em busca de refugio. Ou seja, a vontade de cair fora da Ilha é constante.


DUAS COISAS

Já em terra e dando início a minha caminhada até o centro histórico de Havana, ou Old Havana, onde se concentram os museus e centros culturais, percebi duas coisas bem distintas, desde quando  estive na Ilha:

1- as ruas e calçadas estão ainda mais esburacadas e sujas, com zero de conservação. A maioria dos prédios permanece ali, não apenas mais envelhecidos mas ainda mais deteriorados e cheios de infiltrações, por absoluta falta de manutenção. Mais: pessoas pobres e mal vestidas à vista por todos cantos e andares. 

2- os poucos prédios que foram contruídos, restaurados e/ou estão em fase de construção, são do ramo hoteleiro, que está investindo pesado em Cuba.Prova de que o governo cubano aposta forte no turismo, para  sustentar a economia.


VENDEDORES DE SERVIÇOS

Ao longo da minha caminhada até a Obispo, tradicional rua de comércio e restaurantes da capital cubana, não parei de ser assediado por alegres e gentis vendedores de serviços, tipo bici-taxi, moto-taxi, carruagens puxadas por cavalos e, obviamente, os marcantes automóveis enormes e coloridos, cujos modelos antecedem aos anos l959. Todos oferecendo, principalmente, passeios, visitas a cooperativas fabricantes de charutos, convites para frequentar os restaurantes -Paladar- e quartos para alugar, por uma ou mais noites. 


LIVROS

Na mesma rua, Obispo, lotada de turistas, entrei na livaria (FJ - Fayad Jamis) querendo verificar quais tipos de livros estavam à disposição. Não por acaso, os livros sobre política, ciências sociais e economia que podem ser vendidos (por imposição do governo) são aqueles que elogiam o sistema comunista. Isto é altamente fiscalizado. Eis alguns que o triste povo cubano tem direito a ler: 1- El Estado Virtuoso Como Proyecto Político del Libertador Simon Bolivar; 2- Con Grasmci en el ALBA de Nuestra America;  3-  Fé por Cuba; e, 4- Biografia de Frei Beto. Pode?


DIREITOS

Por certo não preciso dizer que o que mais falta em Cuba é LIBERDADE. E o que mais sobra é POBREZA, que não passa da mais pura consequência da falta de liberdade. Ainda assim, conversando com aqueles que atuam no ramo do turismo, vê-se uma certa vibração com a tímida abertura econômica, que consiste no direito de: 1- abrir seu próprio restaurante -Paladar-; 2- alugar um quarto de sua casa para turistas; e, 3- vender charutos, abertamente. 


IMPRESSÃO PESSOAL

Chama muito a atenção o fato de  ninguem falar no celular nas ruas de Havana. Internet? Só nos hoteis e mesmo assim com a obrigação de digitar senha. Papel higienico nos lavatórios? Nem pensar. É preciso levar no bolso.

Com tamanha falta de liberdade, o que mais ouvi dos passageiros do navio foi: os cubanos e a sua capital não mereciam a vida que levam. Mais: de que adianta ser alfabetizado se o povo só tem direito a ler somente aquilo que o governo permite?

Amanhã, para completar, disponibilizo um link de fotos, tiradas aleatoriamente, para que tenham uma ideia do que existe e se passa na capital da Ilha do Dr. Castro.