ECONOMIA PARA AS GAVETAS
Todas as entidades empresariais do país dispõem de áreas de economia. E todas elas contam com profissionais contratados para fazer estudos e análises, através de dados fornecidos pelo mercado, para melhor assessorar e informar suas diretorias e associados.
A SETE CHAVES
Tomando por exemplo o caso da FIERGS é lamentável que a maioria dos estudos e levantamentos efetuados pelos economistas da casa é guardado a sete chaves. Nem os próprios associados conhecem, minimamente, o que é produzido e quais as tendências e oportunidades para fazer negócios.Já os comunicadores gaúchos só são convidados para receberem alguma informação no mês de dezembro, por ocasião do almoço de final de ano. Momento, aliás, reservado exclusivamente para confraternização e abraços.
SEM INFORMAÇÃO
Ora, se aqueles que sustentam as entidades não são devidamente informados sobre as questões econômicas, o que se pode dizer da imprensa, que nunca é chamada para saber o que pensam os economistas e quais as interpretações dos estudos por eles produzidos.
EQUÍVOCO
Isto explica os equívocos cometidos por grande parte da mídia, quanto ao desempenho da economia. Tanto regional quanto nacional e internacional. Portanto, não tem sentido quando uma ou outra entidade reclama das interpretações equivocadas de parte de vários comunicadores.
CULPA
A culpa de qualquer má informação ou interpretação, portanto, cabe, exclusivamente às entidades, que não se preocupam com a transparência necessária sobre os estudos e trabalhos desenvolvidos pela equipe econômica.
COMUNICAÇÃO
Ainda usando o exemplo da FIERGS, mas que poderia ser estendido à outras entidades, espero que o novo presidente recém eleito, Heitor Muller, se dê conta desta absurda falha na comunicação. Afinal, quanto mais a mídia é mal informada, mais confusão é semeada. E menos o público é esclarecido.
CUSTO/BENEFÍCIO
Uma coisa é indiscutível: caso os economistas das entidades fossem mais liberados para poderem expressar, publicamente, o que dizem seus estudos e análises, particularmente com explanações aos políticos e governantes, muitos projetos poderiam receber um outro tratamento. A relação custo/benefício das propostas falaria mais alto.